Congestionamento na única via que dá acesso à instituição foi a razão do atraso.
Candidatos inscritos para um concurso público do governo de Mato Grosso do Sul arrombaram o portão de uma universidade particular em Campo Grande, na manhã deste domingo (30), ao chegarem ao local depois das 8h (horário de MS), tempo limite para entrada nas salas de prova. Eles reclamam do congestionamento que se formou na avenida Tamandaré, única via que dá acesso até a instituição.
O edital do concurso foi aberto em agosto deste ano a fim de selecionar 55 profissionais para seis cargos na Secretaria de Estado de Administração (SED), de Saúde (SES), para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) e para a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
A técnica de enfermagem, Veridiana Aliendre, grávida de 7 meses, conta que a fila de carros era extensa. Faltando 2 minutos para o fechamento dos portões, deixou o veículo estacionado, andou quase 10 quadras a pé, mas não conseguiu chegar a tempo.
“Todo mundo desceu dos carros e veio correndo. Teve uma hora em que não aguentei. Senti muita dor e parei para respirar nas subidas, mesmo assim cheguei aqui quatro minutos depois do horário e não me deixaram entrar”.
O dentista Thyago Tereza diz ter saído às 5h de Maracaju, a 162 km de Campo Grande, para levar a namorada ao local das provas. Eles conseguiram chegar a tempo, apesar do transtorno no tráfego de veículos. “Eu fui para a estrada mais cedo para chegar no horário. Minha namorada conseguiu entrar, mas o trânsito estava terrível e não tinha nenhum agente de trânsito para auxiliar”.
Enquanto esperava o término do concurso, ele registrou com o celular o momento em que um grupo de pessoas forçou e quebrou a grade na entrada da universidade.
Roney Rodrigues, de 33 anos, havia combinado que iria esperar a esposa terminar a prova no carro, junto com a filha recém-nascida do casal. Entretanto a mulher chegou dois minutos atrasada, segundo ele, em função do congestionamento.
“De repente começou a gritaria e todos empurraram o portão. Minha filha começou a chorar e eu fiquei muito revoltado”.
A Polícia Militar foi acionada para conter os candidatos e retirou aqueles que invadiram a universidade. Três mulheres foram presas e encaminhadas para a Delegacia de Pronto-Atendimento Comunitário do centro da capital.
Segundo a Polícia Civil, elas já foram liberadas e vão responder em liberdade por dano ao patrimônio.
A assessoria de imprensa do governo informou ao G1 que o incidente ocorrido no domingo (30) será apurado e um posicionamento oficial será emitido quando os responsáveis pela confusão forem apontados. De acordo com a assessoria, a chuva pode ter provocado o congestionamento, apontado como a causa para os atrasos.