Acumulado do ano soma 2,9 milhões de unidades.Nível supera em 5,64% o volume no mesmo período de 2010.
O mercado brasileiro de veículos, que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, já soma 2.963.055 unidades vendidas de janeiro a outubro. O nível é recorde para esse período, superando em 5,64% o volume atingido nos 10 primeiros meses do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Somente em outubro, 280.608 unidades saíram dos estoques das concessionárias. Esse volume, no entanto, foi 9,97% menor em relação às 311.672 unidades vendidas em setembro e representa uma queda de 7,44% sobre outubro de 2010.
A discrepante queda na comparação com o desempenho dos outros meses não é justificada pelo desaquecimento da demanda, de acordo com a Fenabrave. A entidade ressalta que o motivo da retração é a queda das vendas dos modelos importados forçada pelo aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Assim, em outubro, foram emplacadas 70.666 unidades de veículos importados, contra 78.675 em setembro. A queda é de 10,18%. Além disso, outubro contou com o feriado do funcionário público, no dia 28, que pega em cheio os picos de vendas de fim de mês. Naquele dia, os Detrans não funcionaram e não houve emplacamento de veículos. E o mês teve um dia útil a menos em relação a setembro. Segundo a Fenabrave, no dia 28, foram vendidas apenas 4.102 unidades, enquanto a média é de 15 mil.
De acordo com o presidente da Fenabrave, Sergio Reze, mesmo com a questão dos importados, se não fosse o feriado e um dia útil a menos, o mercado teria o mesmo volume de setembro. "As vendas vieram com crescimento estável na primeira quinzena de outubro. Foi depois disso que o curso se inverteu. Com o feriado do funcionário público, facultativo, a maioria dos Detrans não funcionou", destaca Reze.
De acordo com o presidente da entidade, com a reação das importadoras contra o aumento do IPI na segunda metade de outubro, que culminou no adiamento da medida em 90 dias, o mercado foi afetado. No entanto, os veículos oriundos dos acordos do Mercosul e do México tiveram alta nas vendas de 2,4%, com 44.373 unidades emplacadas em outubro. "Não há crise, as previsões de alta continuam as mesmas", ressalta Reze.