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Faixa preta vê caratê como arte para aperfeiçoamento de vidas

Ex-campeão brasileiro diz que a arte marcial que aprendeu não ensina violência; ensina o carateca a ser persistente e lutar contra suas fraquezas e debilidades

Divulgação

Carateca fez conferência neste sábado à noite de quimono, a pedido do pastor Társis

O caratê, uma arte na qual as pessoas aprendem a utilizar todo o seu corpo em combate, é visto por Aser Fernandes Macedo Neto, ex-campeão brasileiro dessa arte marcial, como um instrumento de aperfeiçoamento e lapidação do ser humano na caminhada para se tornar uma pessoa melhor. Para ele, o maior adversário que o carateca vai enfrentar é ele mesmo – e não os bandidos ou outras pessoas que cometem violência.

“A arte marcial que aprendi não ensina a violência; ensina a sermos persistentes, a lutar sempre contra as nossas fraquezas, nossas debilidades, nossa humanidade; ensina exatamente a respeitar o outro e usar essa arte como uma percepção de vida, quando muito, uma defesa”, explica o carateca.

Aser Fernandes estuda e pratica artes marciais desde os 15 anos. É faixa preta em caratê-dô. Além de campeão brasileiro, acumulou muitas medalhas de campeão baiano e nordestino. Fundou três academias em Salvador, onde reside. Hoje, aos 56 anos, sua principal atividade é o ministério pastoral, que exerce há 21 anos.

“Tive uma experiência muito forte com um mestre japonês que veio ao Brasil trabalhar na Transamazônica como engenheiro e, a convite de Denilson Caribé, pai das artes marciais na Bahia, terminou indo trabalhar como instrutor em Salvador. Fui seu discípulo por quase 10 anos. Como faixa preta conquistei o título de campeão brasileiro e por diversas vezes fui campeão baiano e nordestino”, informa o pastor.

Quando assumiu o ministério pastoral, uma missão que deve ser exercida por homens cheios de amor ao próximo e escolhidos por Deus para formar uma comunidade comprometida com o Seu Reino, ele confessa que não foi fácil, pelo menos no início.

“Vivi algumas crises! Na minha cabeça não conseguia ser faixa preta, como professor, e ao mesmo tempo ter vocação pastoral. Mas depois aprendi o caminho. Na realidade, todo mestre de artes marciais no fim descobre que este é um instrumento de luta, principalmente com ele, porque o maior inimigo a ser enfrentado somos nós mesmos”, explica.

O pastor Aser Fernandes, que veio a Maceió fazer conferências no 2º Congresso da Família da Igreja Batista Betel, em Jaraguá, disse que está voltando a dar ênfase aos seus treinamentos para ensinar aos seus dois filhos a arte marcial que aprendeu. Para ele, um aprendizado que representa a manifestação de Deus em sua vida.

Convidado pelo pastor Társis Wallace como conferencista do Congresso da Família em Betel, que teve início na sexta-feira à noite com um culto de vigília e termina este domingo com dois cultos, às 10h20 e às 18 horas, o pastor Aser está compartilhando aquilo que o Senhor tem feito em sua vida e no ministério que exerce na Comunidade Igreja nas Casas, que ele fundou em Salvador.

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