Último afogamento fatal ocorreu em 2008.
O Corpo de Bombeiros, que tem como atividade fim salvar vidas, lamenta profundamente a morte por afogamento de uma jovem de 14 anos, ontem, 20 de novembro, na praia do Francês. A vítima residia em Olinda e estava em uma excursão, em Alagoas. Em respeito aos familiares, o Corpo de Bombeiros não divulga o nome das vítimas.
A corporação, triste pela fatalidade deste domingo, aproveita para lembrar que não ocorria um caso fatal na praia do Francês desde julho de 2008, segundo o que consta nos registros desta Corporação: o último trata-se de um afogamento de um casal paulista. O rapaz de 22 anos que estava em lua-de-mel, não resistiu. De lá pra cá, foram 3 anos e 4 meses sem uma vítima fatal. Essa estatística é graças ao trabalho de empenho e abnegação dos guarda-vidas que não medem esforços para melhor servir a população. A excelência no salvamento não é uma opção, mas uma obrigação de todos os bombeiros.
A ocorrência iniciou por volta das 13h30 quando um homem se dirigiu ao posto de guarda-vidas informando sobre um desaparecimento de uma jovem. No posto havia 5 Guarda-Vidas (GV’s). Uma equipe agiu prontamente à ocorrência. Um GV utilizou o Jet-ski de salvamento e outro foi buscar informações nas proximidades da ocorrência. A busca teve início imediato. Dois civis que estavam com Jet-skis próprios ajudaram na busca. O Corpo de bombeiros acionou o Arcanjo 01 (helicóptero de resgate e salvamento) que também ajudou nas buscas. Além do Jet-ski e o helicóptero, outros GV’s fizeram a busca a nado. A vítima foi localizada por volta das 16h15, já em óbito.
Nesses dois últimos casos de óbito, é importante salientar que as vítimas não conheciam a praia do Francês e nem procuraram os guarda-vidas para adquirir informações do local mais seguro para banho. A praia é uma das mais belas do Brasil, porém perigosa. Na ocorrência deste domingo, havia uma placa de aviso colocada pelos guarda-vidas informando do perigo que existe naquele local. O afogamento ocorreu em frente à placa de aviso – muitas vezes ignorada pelos banhistas – numa parte afastada do Francês conhecida como Leprozário, portanto longe do posto de guarda-vidas.
Esclarecendo algumas informações veiculadas na mídia, o posto de guarda-vidas está em reforma para melhor atender aos militares que tiram serviço na praia, e não em estado de abandono como veiculado em alguns sites de notícias. O posto é o mais abastecido por guarda-vidas devido à grande quantidade de banhistas – muitos, turistas.
A ocorrência com a jovem que não resistiu, foi uma fatalidade e não negligência ou descaso. O fato de ter acontecido um afogamento e o posto de guarda-vidas estar em reforma nada tem a ver. A reforma do posto de guarda-vidas é realizada pelos próprios militares com recursos do Corpo de Bombeiros. Para melhor atender à população, uma parceria com a prefeitura municipal de Marechal Deodoro já foi firmada.
Sabendo que nessa época do ano aumenta consideravelmente o número de pessoas na praia, o Corpo de Bombeiros, iniciou na última semana, uma campanha de esclarecimento dos perigos na praia. Diversas entrevistas foram veiculadas em variados meios de comunicação. Inclusive, na praia do Francês.
No serviço diário, os GVs realizam um trabalho de prevenção orientando os banhistas dos locais mais seguros para o banho de mar bem como informando os perigos da praia. Esse trabalho é um procedimento operacional padrão de extrema importância visto que, graças ao trabalho preventivo, o risco de afogamento diminui consideravelmente. Também como procedimento padrão, um militar faz a ronda na praia enquanto três ficam no posto de GV observando os banhistas.
O Subgrupamento de Salvamento Aquático (SGSA), responsável pela área de atuação da praia do Francês, informou que conta com 27 guarda-vidas que cobrem a Praia do Francês, a Barra de São Miguel, a Barra Nova e Gunga. Nos finais de semana, o número de guarda-vidas aumenta devido ao grande fluxo de pessoas.