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Servidores do Judiciário Federal realizam ‘Semana da Indignação’

A manifestação acontecerá na Semana Nacional de Conciliação e visará denunciar o congelamento de salário e a perseguição aos servidores grevistas pela administração do Tribunal Regional do Trabalho.

Com o ditado popular “casa de ferreiro, espeto de pau”, os servidores do Judiciário Federal dão início à atividade de protesto “Semana da Indignação”, nesta próxima segunda-feira (28), no prédio das Varas Trabalhistas, a partir das 9 horas.

A manifestação acontecerá na Semana Nacional de Conciliação e visará denunciar o congelamento de salário e a perseguição aos servidores grevistas pela administração do Tribunal Regional do Trabalho. Para isso, o Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal e do MPU em Alagoas (Sindjus/AL), organiza uma estrutura de apoio por trás e na frente do prédio das Varas Trabalhistas.

Com a adesão à greve nacional pela aprovação da revisão do Plano de Cargos e Salários, a administração do TRT adotou medidas que retaliam a categoria. Foram publicadas a Portaria 1288 e a Resolução 34 com o intuito de inibir, com ameaça de corte de ponto, a permanência dos servidores na greve.

“Ao publicar as medidas, em nenhum momento o Tribunal buscou negociar com o Sindjus/AL, como prevê a lei de greve, que determina que sejam definidos ‘em comum acordo’ entre o sindicato e a administração do órgão os percentuais mínimos de servidores e dos serviços ou atividades essenciais, e não fixados unilateralmente”, ressalta o coordenador Jurídico do Sindjus/AL, Paulo Falcão.

A Semana da Conciliação é um programa do Conselho Nacional de Justiça que visa dar celeridade à justiça, mas que verdade, resulta no cumprimento de metas pelo Judiciário, no adoecimento dos servidores e na abdicação de direitos pelos trabalhadores.

Na Semana de Indignação, a categoria também volta a denunciar o congelamento de salário (PLP 549), a extinção da Justiça do Trabalho através das Resoluções 53, 63 e 83 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, a imposição da Previdência Complementar (PL 1992/2009), a extinção dos cargos de auxiliares judiciários e os assédios moral e sexual.