Em entrevista ao Alagoas24horas, Amélio explicou que o pedido de auditoria se dá em razão de indícios de irregularidades encontradas nas contas referentes aos dois anos anteriores.
Conselheiro Cícero Amélio
As contas da Prefeitura de Maceió relativas aos anos de 2009 e 2010 serão alvo de uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AL). A inspeção foi solicitada na sessão do pleno desta terça-feira, 13, pelo conselheiro Cícero Amélio da Silva, que é relator das contas, e acatada pelo presidente do TC, Luiz Eustáquio Toledo.
Em entrevista ao Alagoas24horas, Amélio explicou que o pedido de auditoria se dá em razão de indícios de irregularidades encontradas nas contas referentes aos dois anos anteriores. “Pedi a auditoria porque percebi indícios de algumas irregularidades, a exemplo de um saque no valor de R$ 1 milhão do Sistema Único de Saúde, que depois foi reposto, para pagamento de pessoal em 2010”, exemplificou o conselheiro.
Ainda segundo Amélio, entre outros pontos a serem investigados na inspeção, está a obra do Vale do Reginaldo que estaria sendo tocada sem a autorização do TC; e a licitação para coleta de lixo em Maceió, que ficou conhecida como ‘a máfia do lixo’.
A máfia do lixo foi denunciada no ano passado pelo Ministério Público Estadual, que acusou o prefeito de improbidade administrativa e de envolvimento direto na suposta fraude na licitação – envolvendo um montante de R$ 200 milhões – para beneficiar duas empresas de coleta de lixo na capital.
“Também queremos saber sobre a aplicação da taxa de iluminação pública cobrada pela Superintendência Municipal de Energia e Iluminação Pública, a Sima. Queremos informações para onde estão indo esses recursos”, acrescentou Amélio.
A realização da auditoria deve ser publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira, 14 e, a partir da próxima segunda-feira, 19, um grupo de técnicos da Corte de Contas começa a trabalhar in loco, nas secretarias e demais órgãos da Prefeitura de Maceió.
A auditoria nas contas da Prefeitura deve ser concluída em cerca de um mês. “Todos os documentos serão analisados e somente depois disso emitiremos nosso parecer”, finalizou Amélio.