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Observação cardiológica começa a funcionar no HGE

Atender a pacientes com problemas cardíacos clinicamente estáveis e em local apropriado é a finalidade do Hospital Geral do Estado (HGE) ao colocar em funcionamento a Observação Cardiológica da unidade hospitalar.

HGE

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Atender a pacientes com problemas cardíacos clinicamente estáveis e em local apropriado é a finalidade do Hospital Geral do Estado (HGE) ao colocar em funcionamento a Observação Cardiológica da unidade hospitalar.

“Os pacientes mantidos na observação têm a sua disposição toda uma estrutura de diagnóstico que funcionará 24 horas. Nesse espaço o paciente é avaliado e, se for necessário, será internado para o devido tratamento. Visamos prestar um atendimento mais rápido e eficiente, lembrando que o HGE está totalmente equipado para os casos que necessitem internação e cuidados avançados”, disse Carlos Alberto Gomes, diretor do HGE.

O médico cardiologista, Adelson Miranda, que coordena a área no HGE, destacou que o espaço está estruturado para o atendimento dos pacientes que não apresentam instabilidades clínicas com o infarto, por exemplo.

“Todos os cardiopatas estavam sendo atendidos na área Vermelha, reservada para casos de alto risco, pacientes entubados, traumatizados, feridos por armas, em manobras de ressuscitação. Foi analisado pela equipe de cardiologia que, em alguns casos, sobrevinha a piora do quadro clínico dos pacientes com problemas cardíacos que presenciavam atendimentos emergenciais. Daí a ideia de criar um espaço exclusivo para casos estáveis na área cardiológica”, explicou Adelson Miranda, coordenador da cardiologia no HGE.

Segundo ele, o paciente grave continuará recebendo atendimento na área Vermelha. Os estáveis serão encaminhados pelo médico clínico da área Azul para a Observação Cardíaca onde o cardiologista de plantão realizará a avaliação inicial.

“Dependendo do quadro do paciente, ele poderá ficar em observação algumas horas a espera de exames, sob efeito da medicação e aguardando melhora. Nos casos mais graves, onde ocorre uma piora dos sintomas que determinam a internação, o paciente será encaminhado a UDT (Unidade de Dor Torácica) e Vermelha. Para os que estiverem em melhores condições, Azul ou Verde”, explicou.

Para Alcione Rocha, coordenadora de enfermagem da cardiologia, com a adequação o hospital desafoga a área Vermelha e valoriza os profissionais qualificados na área cardiológica.

“É um avanço para a saúde alagoana. Os pacientes terão um atendimento específico, com profissionais qualificados no campo cardíaco; o hospital ganha um local exclusivo para avaliação cardiológica onde o paciente ficará por um período específico para definir sua internação ou alta”, acrescentou.

Avanço – De acordo com Jivago Albuquerque, cardiologista integrante da equipe da Observação Cardiológica, esse novo serviço trará mais dignidade e conforto para o paciente cardiopata, que não mais precisará presenciar o atendimento de casos graves na área Vermelha.

“A observação cardiológica do HGE era muito esperada pelos colegas cardiologistas e clínicos. Os benefícios serão inúmeros, pois realizaremos o atendimento a esses pacientes num ambiente mais apropriado, visto que anteriormente era feito na área vermelha, que já tem um número enorme de patologias, além das vítimas de traumas”, informou.

O especialista destacou que o conforto proporcionado aos pacientes assistidos num espaço mais reservado foi um grande avanço para a população. A iniciativa também vai promover maior facilidade dos profissionais no manuseio das patologias cardíacas.

“Imagine nossa dificuldade em atender o cardiopata num ambiente em que ele era obrigado a presenciar situações difíceis, como a chegada de uma criança em estado muito grave após uma colisão automobilística, ou mesmo de ficar em meio a pacientes entubados, em ventilação mecânica, enquanto aguardam um resultado de dosagem enzimática ou um eletrocardiograma. Não se trata só de um tratamento mais qualificado e humanizado, mas de dignidade, conforto e segurança”, ressaltou.

O espaço contará com uma técnica de enfermagem, um cardiologista de plantão e a enfermeira responsável pela ala. Serão realizados nos pacientes exames laboratoriais, eletrocardiograma e Raios X regularmente. Em algumas situações também serão acrescentados ecocardiograma e ultrassom, para diagnósticos mais precisos.

“Os procedimentos são bem simples de serem realizados, mas são de uma valia extrema no diagnóstico da dor torácica. O eletrocardiograma sempre deve ser realizado nesses pacientes, assim como a dosagem dos marcadores enzimáticos, exames bioquímicos, hemograma, Raios X de tórax e abdome, quando assim for necessário. O ecocardiograma pode ser de grande importância, principalmente naqueles pacientes com suspeita de complicações mecânicas do Infarto agudo do miocárdio, e naqueles em que suspeitamos de patologias da aorta, como a dissecção aórtica”, explicou.

O médico Adelson Miranda destacou a importância da parceria entre os setores da unidade hospitalar na aplicação do projeto. “A ideia vem sendo construída há dois anos, mas sua aplicabilidade decorre dos profissionais que se comprometeram a colocá-la em prática. A direção, gerentes, em especial Isabel Toledo; todo o corpo clínico da cardiologia; as enfermeiras Alcione, Eleonora e Sandra e também ao Juvenal, do Almoxarifado e aos setores de Engenharia e Hotelaria, pelo empenho nesta importante conquista para o HGE”.