Categorias: Brasil

Lotes de anticoncepcional são recolhidos em SP

Há possibilidade do produto ter sido distribuído em todo país

Cinco lotes do anticoncepcional Nociclin tiveram nesta sexta-feira (30) sua interdição cautelar determinada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. O medicamento é produzido pelo laboratório EMS em São Bernardo do Campo, que informou pela assessoria de imprensa que está avaliando a interdição e ainda não se pronunciou sobre o caso.

A partir deste sábado (31), fica proibida a distribuição e comercialização do produto em todo o Estado de São Paulo. De acordo com a secretaria, só na fábrica em São Paulo foram retidos 4,6 milhões de comprimidos. Há possibilidade, entretanto, de o produto ter sido distribuído em todo o Brasil.

Segundo o governo estadual, exames realizados no Instituto Adolfo Lutz, órgão da Secretaria, indicaram "que a absorção do princípio ativo do anticoncepcional pelo organismo pode ser inferior ao necessário para a prevenção à gravidez".

Foram proibidos os lotes de nº. 157430, 152933, 156383, 156389 e 156390 do Nociclin. A Secretaria já informou a Anvisa sobre a decisão e enviou comunicado à EMS sobre os resultados das análises.

A empresa tem dez dias corridos para apresentar sua defesa. A Secretaria também informou o Ministério da Saúde sobre o caso, uma vez que a pasta adquire anticoncepcionais da EMS para distribuição na rede pública de saúde. E determinou a retenção de 164,2 mil cartelas (ou 4,6 milhões de comprimidos) que o Ministério enviou à Fundação para o Remédio Popular (Furp ) para entrega em cidades paulistas com menos de 500 mil habitantes.

Além de se manifestar oficialmente sobre o problema, o laboratório deverá encaminhar ao Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado de São Paulo informações sobre a quantidade total produzida dos cinco lotes interditados, bem como sobre os clientes para os quais o produto foi vendido, na área pública ou privada.