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Bebê que necessita de cirurgia cardíaca viaja para Recife

Ação foi desencadeada pela Defensora Pública. Giovana Alves deve ser submetida à cirurgia ainda hoje.

Alagoas24Horas

Giovana Alves será submetida a procedimnto cirurgico em Recife

A pequena Giovana Alves Wanderley será levada – por um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) – para a cidade de Recife para fazer a cirurgia de urgência para tratar do problema cardíaco, conhecido como síndrome do coração esquerdo hipolásico. A viagem se dá porque o procedimento não pode ser realizado na cidade de Maceió. A transferência se dá depois de uma ação da Defensoria Pública.

De acordo com a defensora Norma Negrão, o caso foi levado à Corregedoria do Tribunal de Justiça, por meio do juiz Alexandre Lenine, que concedeu liminar favorável a ação, obrigando o plano de saúde Smille a realizar os procedimentos necessários à cirurgia. O bebê deve ser submetido ao procedimento cirúrgico ainda hoje, conforme Norma Negrão.

A preocupação se dá porque a cada hora perdida aumenta os riscos. Com apenas oito dias de nascida, Giovana Alves Wanderley vive uma verdadeira via-crúcis. Conforme divulgou o Alagoas 24 Horas, no dia de ontem a burocracia do plano de saúde da pequena Giovana dificultou a agilização da operação que deve ser feita na cidade de Fortaleza, Ceará.

Os pais da menor, Giuliane Alves de Souza e Klerysthon Barros Wanderley contam que ao nascer o médico diagnosticou que a criança possuía a síndrome do coração esquerdo hipoplástico, doença cujo lado esquerdo do coração é subdesenvolvido, o que o torna incapaz de bombear o sangue.

“Há dois dias, estamos indo ao plano de saúde e eles pedem um tempo maior para que a cirurgia seja liberada. O que eles não entende é que essa é uma doença grave ea operação deve ser realizada com urgência. Então resolvemos procurar a Defensoria Pública para que o caso seja resolvido", relatou a mãe em entrevista ao Alagoas 24 Horas.

Giovana estava internada na UTI Santa Casa esperando pela cirurgia.

O caso

Na manhã de ontem, dia 30, a defensora pública Norma Negrão e os pais de Giovana realizaram uma verdadeira peregrinação pelo fórum de Maceió para que fosse protocolada a ação que obrigasse o plano de saúde a realizar a intervenção cirúrgica o mais rápido possível.

"Há 24 horas a recém-nascida luta pela vida. Assim, ao sermos informados da situação dela, fomos imediatamente a Vara da Infância e Juventude para protocolar em caráter de urgência a cirurgia da criança, mas o juiz substituto Fábio Bittencourt afirmou que não tinha competência para liberar. Em seguida, estivemos no Fórum do Barro Duro, mas o expediente já tinha encerrado. Então, a única alternativa seria recorrer à Corregedoria do Tribunal de Justiça", afirmou a defensora.

Norma Negrão explicou que o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), precisamente no artigo 4, afirma que todos devem prezar pela integridade da criança, independente da vara de atuação.

O juiz Alexandre Lenine determinou que o plano liberasse em duas horas os procedimentos cirúrgicos.