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Raio mutila dedo do ‘Cristo’

Pároco garante que estátua está vulnerável a relâmpagos.

Rio – A proteção divina não foi suficiente para preservar uma das Sete Novas Maravilhas do mundo. A Estátua do Cristo Redentor perdeu parte do dedo da mão direita e pedaços da testa depois que o monumento foi atingido por raios em 2007. Na época, foi assinado convênio para recuperação do Cristo que incluía novos pára-raios. As obras ainda não saíram do papel, conforme ontem anunciado pelo ‘Informe do DIA’.

O sistema de proteção contra descargas elétricas instalado atualmente sobre a cabeça e os braços não funciona, segundo o vigário episcopal para Comunicação, Marcos William. “A situação é muito grave. Já alertamos os órgãos responsáveis sobre a necessidade de se fazer essa obra. O pára-raio precisa ser refeito urgentemente porque há risco para as pessoas”, adverte.

PAINEL INCINERADO

Ele lembra que na mesma época que o dedo do monumento foi danificado, um painel de orientação aos turistas também foi completamente destruído pelos raios. “No ano passado, vários equipamentos que estavam dentro da capela foram queimados após um temporal”, conta o administrador do santuário, padre Omar Raposo. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), somente nos primeiros 40 dias deste ano, 23 mil raios caíram sobre o Estado do Rio. O número é 240% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

O Ibama, responsável pelo Parque Nacional da Tijuca, garante que o atual sistema de pára-raios funciona. “Não há registro de acidentes na área do Corcovado. O que prova que o sistema vem funcionando”, diz o analista ambiental Rogério Rocco.

A assessoria do Parque Nacional, onde o Cristo está situado, informou que não foi pedida autorização para a realização de obras no local. A Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado), responsável pela instalação do sistema, afirmou que se for preciso o pedido será feito.

Presidente da Emop, Ícaro Moreno disse que a obra, orçada em R$ 1,82 milhões, começa já no mês que vem e terá duração de quatro meses. “Só recebemos esta semana os projetos da Arquidiocese do Rio, por isso atrasou, mas já temos autorização do Iphan para iniciar o trabalho”, diz Ícaro. O Ministério do Turismo informou que o dinheiro já está disponível para as obras de proteção contra raios e impermeabilização do piso para conter infiltrações.

O DIA/RJ

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