Religioso defendeu uso de preservativo e fim da homofobia.
Na Paraíba, o deputado federal petista Luiz Couto, que também é padre, foi suspenso das funções de sacerdote. Ele é contra a discriminação de homossexuais e defende o uso de preservativos.
A polêmica começou depois que as declarações do padre e deputado federal do PT, Luiz Couto, foram parar em um jornal do estado. O religioso defende o uso de preservativos, é contra o celibato dos padres e contra a discriminação de homossexuais.
O arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, não gostou da entrevista e suspendeu as funções do padre, que está proibido de celebrar missa, batizados e casamentos.
“Lamentavelmente, declarações sumárias e ambíguas a respeito do uso de preservativos, união de homossexuais são posições diametralmente contrárias à orientação oficial do Vaticano. Isso é intolerável”, disse o arcebispo.
O padre e parlamentar afirma que falou como político e não como religioso. E disse que ainda não foi notificado oficialmente sobre a decisão.
“Eu vou continuar celebrando, posso celebrar na minha casa, com meus amigos, ou seja, o direito de celebrar, a ordem que eu recebi tem um caráter indelével, que ninguém pode tirar. Isso não significa nenhum combate aquilo que a Igreja tem na sua doutrina", afirma o padre e deputado.
A proibição é válida apenas para as 75 paróquias subordinadas ao arcebispo dom Aldo Pagotto. Para celebrar em outras igrejas, Couto poderá pedir permissão antes.
O arcebispo explica: o padre deputado pode voltar a exercer a função de sacerdote, desde que se retrate publicamente.