No dia do acidente, testemunhas chegaram a afirmar que havia faltado freio ao veículo, mas horas depois surgiu a denúncia de que o condutor do ônibus, morador da cidade, estaria embriagado.
Delegado solicitou perícia no ônibus que casou acidente em Pilar
O delegado Manoel Wanderley Cavalcante Lima solicitou a perícia no ônibus de placa LIU 4364/Pilar-AL, que teria causado o acidente que resultou no atropelamento e morte de cinco pessoas na cidade do Pilar, na última segunda-feira, dia 29. No dia do acidente, testemunhas chegaram a afirmar que havia faltado freio ao veículo, mas horas depois surgiu a denúncia de que o condutor do ônibus – Márcio Antônio da Silva, 50 anos -, morador da cidade, estaria embriagado.
O casamento matuto é uma festa tradicional na cidade do Pilar e, segundo estimativa da prefeitura, mais de 20 mil pessoas se encontravam no local da tragédia na última segunda-feira. O acidente, ainda de acordo com testemunhas, poderia ter sido ainda mais grave se o ônibus não tivesse colidido com quatro caminhões que estavam à sua frente, seguindo em carreata pela ladeira Cyridião Durval em direção à Praça Padre Cícero.
Em entrevista ao Alagoas24horas, o chefe de operações da Delegacia de Pilar informou que o delegado solicitou a realização de perícia no ônibus, para que seja constatada – ou descartada – a falha mecânica. O condutor do ônibus é considerado foragido, embora não haja mandado de prisão contra ele. Segundo a Polícia Civil, familiares teriam entrado em contato com a delegacia e informado que ele iria se apresentar.
O chefe de serviço informou, ainda, que o delegado deverá ouvir todas as pessoas feridas durante o acidente, além dos donos dos caminhões e cavalos atingidos pelo ônibus. “Há muitas pessoas a serem ouvidas, a maioria envolvida diretamente no acidente”, explicou chefe Sandro. Ainda nesta quinta-feira, estavam previstos os depoimentos de quatro motoristas de caminhoneiros, além de pessoas que ficaram feridas.
Ainda segundo o delegado, Márcio Antônio vai responder por crime homicídio culposo – quando não há intenção de matar -, mas caso seja comprovado que o condutor estava sob efeito de bebida alcoólica – como afirmam algumas testemnhas – ele passa a responder por homicódio doloso.
De acordo com o Hospital Geral do Estado, das 31 pessoas que deram entrada na unidade hospitalar em decorrência de ferimentos no acidente, cinco permanecem internados em observação. O inquérito sobre o acidente foi instaurado no último dia 1º e tem 30 dias para ser concluído.