Érica Ferreira Andrade Silva, 23 anos, morreu no Hospital Hélvio Auto. Diagnóstico de dengue hemorrágica ainda não foi confirmado pelas autoridades de saúde.
O prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus, lamentou esta manhã, a morte da jovem Erica Ferreira Andrade Silva, 23 anos, suspeita de ser vítima de dengue hemorrágica. A jovem foi atendida pelo serviço de saúde pública de Marechal Deodoro e depois ficou três dias internada no Hospital Hélvio Auto, em Maceió, onde morreu.
Assim que ficou sabendo da morte de Erica Ferreira, por suspeita da doença, o prefeito determinou uma investigação sobre todo histórico da paciente nos últimos dias.
Mesmo antes de receber a confirmação se Érica morreu ou não de dengue hemorrágica, o prefeito determinou que algumas medidas fossem tomadas imediatamente e voltou a cobrar investimentos por parte do Governo do Estado.
Ao determinar o levantamento minucioso do ocorrido, Matheus disse que não tem nada a esconder e que se houve negligência, ela deve ser punida pela Justiça, com uma ação do Ministério Público.
INVESTIGAÇÃO INICIAL
Os primeiros levantamentos feitos pelo secretário de saúde adjunto, José Sinval Clemente da Silva, e pela diretora de Vigilância Epidemiológica do município, Aparecida da Conceição, mostram que a jovem foi atendida pela primeira vez no serviço de emergência de Marechal, às 13h15 do dia 25 de junho. Na ocasião, Érica se queixava de mal-estar e dores no corpo e tinha 38 graus de febre. No dia 27, às 16h, ela foi atendida com os mesmos sintomas e com 39 graus de febre. No dia 28, às 13h ela foi novamente atendida, desta vez com vômitos. E no último dia 29, às 08h50, a paciente foi hidratada com soro fisiológico e encaminhada ao Hospital Hélvio Auto, em Maceió, onde permaneceu três dias internada antes de entrar em óbito.
José Sinval explica que ainda segundo o levantamento inicial, que será detalhado e pode virar um inquérito administrativo, em todos os atendimentos na emergência, a paciente foi medicada. E uma das enfermeiras concursadas do município é tia da paciente e acompanhou um dos atendimentos que Erica Ferreira recebeu no hospital 24 horas. “E segundo o que nos foi informado, nestes atendimentos não foi possível diagnosticar quadro de dengue”, explica José Sinval.
REDUÇÃO DE CASOS
O prefeito Cristiano Matheus recebeu dados da Secretaria de Saúde que mostram que de janeiro a junho deste ano, 30 casos de dengue foram notificados e que somente um foi confirmado. No mesmo período do ano passado, 312 casos de dengue foram notificados e 35 foram confirmados. Ou seja, em Marechal Deodoro, houve uma redução de 90% dos casos de dengue nos primeiros seis meses desta administração.
Para que o combate à dengue continue eficaz em Marechal Deodoro, a prefeitura mantém 26 agentes de saúde em campo, divididos em quatro equipes. Uma das equipes trabalha no final de semana e feriados, para poder fazer o trabalho de prevenção, nas residências que durante a semana permanecem fechadas. Como na região da Praia do Francês.
A cidade de Marechal Deodoro também mantém um convênio com um laboratório local, para onde são encaminhados os pacientes que necessitem de exame em caso de suspeita de dengue.
COBRANÇA DE DÍVIDA
Ao lamentar a morte da jovem e enquanto aguarda a confirmação ou não da suspeita de dengue hemorrágica, Cristiano Matheus lembrou da situação em que herdou a saúde em Marechal Deodoro, dos investimentos que já foram feitos para melhorar a situação e do que ainda é necessário para tirar a saúde do município da UTI.
Tanto que recentemente o Governador Teotônio Vilella Filho, esteve em Marechal Deodoro para a solenidade de entrega de uma ambulância. Em praça pública, o Prefeito Cristiano Matheus cobrou do governador, o pagamento de uma dívida de R$ 500 milhões, de gestões passadas do Governo de Alagoas, para com o município de Marechal Deodoro.
“Se o governo pagar ao município o dinheiro que nos deve, será possível tirar a saúde de Marechal Deodoro da UTI”, disse Cristiano.