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Educação: servidores realizam vigília e aguardam encontro com Vilela

Girlene Lázaro defendeu a reavaliação das licenças como ferramenta para a implantação de programas que garantam a saúde física e mental dos trabalhadores da Educação e não uma caça às bruxas.

Priscylla Régia/Alagoas24horas

Priscylla Régia/Alagoas24horas

Os servidores da Educação do Estado de Alagoas aguardam com grande expectativa a audiência que está prevista para acontecer às 17h desta quarta-feira, dia 15, no Palácio República dos Palmares, entre representantes da categoria e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Na pauta, reivindicações que vão desde reajuste de salarial a melhores condições de trabalho.

A categoria reivindica reajuste salarial de 15%, condições reais de trabalho; convocação de concursados, garantia de direitos conquistados, como difícil acesso, agilidade na implantação da mudança de nível, pagamento do resíduo da isonomia, ampliação de vagas para o curso Profuncionário no segundo semestre; recuperação do Cepa, implementação das escolas de tempo integral; política de segurança; e agilidade na elaboração e encaminhamento das minutos referentes à garantia da classe. Na última semana, os profissionais de educação realizaram uma paralisação de 24 horas.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Girlene Lázaro, a categoria deverá se concentrar – a partir das 15h, na Praça dos Martírios, onde realiza uma vigília. A categoria deve voltar a se reunir – desta vem em assembleia – a partir das 9h de amanhã, no Clube Fênix Alagoano.

Questionada sobre a reavaliação que a junta médica do Estado e o Ministério Público deverão realizar nos benefícios concedidos aos professores do Estado, Girlene disse que a iniciativa é excelente, mas que é fundamental que o foco não seja desvirtuado. “O crescimento no número de licenças médicas é uma questão emblemática para a categoria e reflete a violência existente em nossa sociedade. Anteriormente, as licenças se davam basicamente por problemas físicos como lesões nas cordas vocais, LER, circulação e coluna. Contudo, atualmente cresceu assustadoramente o número de afastamentos por depressão”, avalia Lázaro.

A sindicalista afirmou, ainda, que a Junta Médica estadual já havia enviado relatório ao Governo do Estado e que nenhum programa que vise garantir a saúde do trabalhador foi implantando até hoje. “O professor é submetido a uma carga de trabalho extenuante, com deslocamentos diários, salas superlotadas, com alunos que apresentam problemas de comportamento e vício de drogas, o que se reflete no professor, cujas ferramentas de trabalho são apenas ‘o cuspe e o giz’.

Girlene Lázaro defendeu a reavaliação das licenças como ferramenta para a implantação de programas que garantam a saúde física e mental dos trabalhadores da Educação e não uma caça às bruxas.