A provocação veio um dia após a entrevista coletiva da promotora Marluce Gomes, que disse possuir gravações que a inocentavam da acusação de coação contra o preso Antonio Wendel Guarnieri.
Em uma coletiva que durou pouco mais de dez minutos, o delegado-geral adjunto de Polícia Civil, José Edson de Freitas, acompanhado de diretores de área, desafiou os acusados de envolvimento no Caso Gil Bolinha – delegado Eulálio Rodrigues, escrivão José Carlos Minin, advogado-pastor Saulo Oliveira e promotora Marluce Falcão – a autorizarem formalmente a divulgação de todos os áudios e vídeos que compõem o inquérito, presidido pelo próprio José Edson e pelo delegado Mário Jorge Marinho.
A provocação veio um dia após a entrevista coletiva da promotora Marluce Gomes, que disse possuir gravações que a inocentavam da acusação de coação contra o preso Antonio Wendel Guarnieri. José Edson disse que não ia discutir o inquérito, mas que os fatos apurados eram graves e foram devidamente comprovados por meio de provas e farta documentação. O delegado-adjunto relembrou – ainda – que todas as provas foram colhidas com autorização da Justiça e enviadas para a seccional da OAB em Alagoas e para a Procuradoria Geral de Justiça, a quem cabe investigar a promotora.
Perguntado se o fato da promotora ter questionado a experiência da atual cúpula na condução da investigação o teria irritado, José Edson negou e citou a presença dos delegados Mário Jorge Marinho e Maurício Henrique, com mais de 20 anos de experiência na Polícia Civil na cúpula. “Nós devemos satisfação apenas à sociedade”, e complementou, “estas declarações vieram de uma pessoa envolvida emocionalmente com a investigação”.
O delegado-geral adjunto também descartou a participação de Antonio Wendel Guarnieri em qualquer plano para executar uma autoridade alagoana, conforme foi divulgado ontem. O maranhense teria sido contratado por R$ 20 mil para executar uma autoridade – supostamente o juiz Marcelo Tadeu – que resultou na morte do advogado Nudson Harley Mares de Freitas, de 46 anos, ocorrido no dia 3 de julho, no bairro de Mangabeiras. "O Wendel está passando fome, inclusive estamos solicitando sua reinserção no Programa de Proteção às Testemunhas".
Outro fato negado pela cúpula da PC diz respeito ao questionamento da promotora sobre as conversas entre Antonio Wendell e Gil Bolinha. De acordo com José Edson, Wendel teria sido informado que o marido da promotora era advogado de Gil Bolinha pela própria Marluce Falcão.