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Eulálio Rodrigues diz que testemunha-chave foi ‘plantada’

'Estou num campo minado, não posso falar muito, mas tenho como provar a minha inocência'.

Cláudia Galvão/Alagoas24horas

Delegado Eulálio Rodrigues nega todas as acusações que pesam contra ele

O delegado Eulálio Rodrigues foi taxativo durante a entrevista coletiva concedida na manhã de hoje, 21, na sede da Adepol ao afirmar que a ‘testemunha-chave’ do Caso Gil Bolinha, o maranhense Antonio Wendel Guarnieri foi ‘plantado’ pela cúpula da Polícia Civil.

Eulálio, que está afastado das funções por determinação da direção-geral da entidade, disse que ‘Wendel foi tirado não se sabe de onde’ para confirmar que o acusado de tráfico Gil Bolinha teria pago propina ao delegado. Segundo o delegado, o preso teria afirmado que recebeu a promessa de R$ 1.500,00 para confirmar as informações e teria sido orientado por um ‘galeguinho’.

“Estou num campo minado, não posso falar muito, mas tenho como provar a minha inocência”. O delegado disse que os 24 dias em que esteve preso não o deixaram fraco. “Essa prisão me fez ver como existe injustiça e discriminação. Tenho 33 anos de polícia e pretendo advogar quando me aposentar, não ia me sujar à toa.” E complementou: “Somos todos inocentes”, numa alusão ao escrivão José Carlos Minin, ao advogado-pastor Saulo Oliveira, à promotora Marluce Falcão e a ele mesmo.

O delegado afirmou que não tem raiva de ninguém e que perdoa todo mundo, inclusive o ‘bandido’ – numa referência a Guarnieri – que teria sido usado pela cúpula para forjar as provas, conforme afirmou na coletiva.