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PMs pedem avanço na negociação com Estado

Movimentação será marcada por atos públicos.

Revoltados com a falta de propostas do Governo do Estado, que até o momento não se posicionou em relação ao cumprimento da lei 6.823, assinada em 13 de julho de 2007 pelo governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho, os Subtenentes e Sargentos da Policia e Bombeiro Militar decidiram por uma pauta de reivindicações da categoria a ser apresentada ao Governo do Estado e a Sociedade Alagoana, além de uma agenda de manifestações.

Mesmo negociando há mais de seis meses com a Secretaria de Segurança
Pública (SSP) e Gestão Pública, os representantes das Associações dos Policiais Militares e Bombeiros (ASSMAL e ACS) decidiram pressionar o governador para que abra um novo canal de diálogo.

Carga horária excessiva, que podem chegar a 96 horas de trabalho semanais, fardamentos velhos, atraso no pagamento de gratificações (diárias) e suspensão dos passes-livres nos ônibus intermunicipais. Essas são algumas das dificuldades que os policiais militares de Alagoas enfrentam no dia-a-dia para irem ao trabalho.

Equiparação salarial dos Soldados com os Coronéis no percentual de 7% (sete), Reposição Salarial de 25,6% (vinte e cinco vírgula seis) referentes aos anos de 2006, 2007, 2008 e 2009, definição de carga horária, estabelecimento de nível superior para ingresso na corporação, melhores condições de trabalho e o plano de cargos e carreiras são as principais reivindicações dos militares estaduais.

“O processo de valorização da categoria passa por um reajuste salarial e melhores condições de trabalho, onde os policiais e bombeiros militares passem a ter alto-estima profissional, queremos a regulamentação da nossa carga horária”, afirmou o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos, Sargento Teobaldo de Almeida.

Ainda conforme o sargento, a escala prejudica a convivência familiar. “Polícia mal paga, mal equipada e sem estímulo, como poderá ser eficiente e atender o anseio da sociedade?”, disse.

Em relação às negociações salariais os policiais estiveram reunidos por seis meses com o secretário segurança, gestão pública, comandante da PM e CBM e técnicos da fazenda e ao final das negociações, os representantes do Governo afirmaram não possuir poder de decisão quanto às demandas da categoria além de dizer que se tratava de uma questão política. “Acho que segurança pública deve ser tratada com seriedade, afinal protegemos o bem mais valioso da sociedade que é a vida”, salientou o sargento.

Agenda

A movimentação dos policiais será marcada por varias ações de atos públicos que visam pressionar o Governo do Estado para que faça uma contra proposta. No dia 30 de julho, a categoria irá entregar a pauta de reivindicações ao secretario de Segurança Pública Paulo Rubim e pedir para que as negociações sejam reabertas.

No dia 16 de agosto, os policiais realizam uma caminhada na orla de Maceió “CAMINHADA PELA PAZ” e aproveitarão para denunciar à sociedade suas precárias condições de trabalho. Já no dia 25 de agosto está prevista uma vigília de 24 horas em frente à Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE).
Caso não ocorra negociação, os policiais pretendem montar um acampamento permanente em frente ao palácio República dos Palmares como forma de paralisação.