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Caminhada marca início da greve dos servidores da educação

Com a greve dos servidores da educação, 259 mil estudantes da rede estadual estão sem aula.

Flávia Duarte/Alagoas24horas

Flávia Duarte/Alagoas24horas

Centenas de servidores da rede estadual de educação foram às ruas do Centro de Maceió para reivindicar reajuste salarial e melhores condições de trabalho ao Governo do Alagoas. A caminhada marca o primeiro dia da greve que pretende sensibilizar o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) para o descaso com que – segundo a categoria – a educação é tratada. Com a greve, 259 mil estudantes da rede estadual estão sem aula.

A greve de 15 dias da categoria foi deflagrada em assembleia realizada na última quarta-feira (22) devido à falta de avanço nas negociações com representantes do governo. Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Girlene Lázaro, a greve por tempo determinado será marcada por mobilizações na capital e no interior.

A categoria reivindica reajuste salarial de 15%, condições reais de trabalho; convocação de concursados, garantia de direitos conquistados, como difícil acesso, agilidade na implantação da mudança de nível, pagamento do resíduo da isonomia, ampliação de vagas para o curso Profuncionário no segundo semestre; recuperação do Cepa, implementação das escolas de tempo integral; política de segurança; e agilidade na elaboração e encaminhamento das minutos referentes à garantia da classe. Na última semana, os profissionais de educação realizaram uma paralisação de 24 horas.

Em entrevista a uma rádio local, o secretário de Gestão Pública, Guilherme Lima, voltou a reafirmar o discurso de que o Governo não tem dinheiro para dar reajuste à categoria. “O Governo mantém esse discurso de que o Estado não tem dinheiro, mas não vamos parar de reivindicar os nossos direitos. O governador fala ainda que temos o quarto melhor salário do Brasil, mas essa avaliação é feita em cima do nível superior. Não aceitamos esta afirmação e queremos que o Governo cumpra o que determina a Lei, cujo piso nacional é de R$ 1.132,00”, destacou Girlene.

Professores que se encontram na mobilização denunciaram à reportagem do Alagoas24Horas que servidores de algumas escolas já começaram a ser intimidados para não aderir à paralisação e que, por este motivo, algumas instituições de ensino estariam mantendo as atividades normais e não foi registrada a mesma adesão que a assembleia, onde os servidores lotaram o ginásio do Clube Fênix Alagoano.

De acordo com a presidente do Sinteal, como hoje é o primeiro dia de paralisação é normal que a adesão dos servidores se fortaleça no decorrer da semana. “Na última assembleia tínhamos professores que vieram do interior para votar pela greve. Mas o movimento vai se fortalecer ainda mais, com mobilizações em Maceió e no interior de Alagoas”, completou a sindicalista.

A caminhada dos servidores segue pelas ruas do Centro até o Palácio República do Palmares, onde vão tentar uma audiência com o governador Téo Vilela.