Entre os presos estaria o líder da quadrilha, Luciano Cabral da Silva, 37 anos. Com ele, foi encontrado R$ 2 mil, que a polícia acredita ser fruto do assalto.
Policiais da Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC) da Polícia Civil de Alagoas prenderam na manhã desta terça-feira, 28, mais quatro acusados de envolvimento no assalto à agência do Banco do Brasil e à casa lotérica da cidade de Taquarana, ocorrido na semana passada. Entre os presos estaria o líder da quadrilha, Luciano Cabral da Silva, 37 anos.
Segundo as investigações, Luciano – também é conhecido pela alcunha “Cabral” ou “Cabra” – seria o líder do grupo e teria participação em outros grandes assaltos registrados em Alagoas. Luciano foi preso em casa, no bairro do Ouro Preto, junto com a mulher, Edjane da Silva, 27. Com o casal foi encontrada a quantia de R$ 2 mil, que a polícia acredita ser produto do assalto em Taquarana.
Durante a apresentação dos acusados, na sede da Polícia Civil de Alagoas, no bairro de Jacarecica, Luciano negou ter envolvimento com assaltos e afirmou que o dinheiro encontrado em sua residência é fruto de seu trabalho com venda confecções. “Não tenho nada com este assalto. Estava em minha casa, quando a polícia chegou me acusando. Trabalho vendendo confecções junto com minha família. Se eu fosse o que estão dizendo, não tinha um carro financiado e nem vivia como vivo”, declarou o suposto líder.
O delegado-geral adjunto da PC, José Edson de Freitas, informou que a prisão de Luciano foi possível após um trabalho conjunto com os promotores do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc). O inquérito policial está sendo conduzido pelo delegado Antônio Henrique, da Delegacia de roubo a banco. “Chegaram informações ao Gecoc que apontam que Luciano é o chefe da quadrilha”, disse.
Além de Luciano e Edjane, foram presos também na manhã de hoje Djavan Cavalcante Moura, 32 – preso em Maceió -, e José Ivisson Melo, 29 – preso em São Miguel dos Campos. Com os acusados não foi encontrada nenhuma arma de fogo.
Com as prisões de hoje, sobe para 11 o número de presos acusados de envolvimento no crime que chocou a população de Taquarana. Segundo o delegado, mais pessoas teriam participado da ação criminosa. “As investigações continuam e novas pessoas devem ser presas. Não sabemos ainda quantas pessoas estão envolvidas, mas sabemos que ainda tem mais gente para ser presa”, completou José Edson.
O assalto à agência do Banco do Brasil e à casa lotérica da cidade de Taquarana aconteceu no dia 22 deste mês. Os bandidos chegaram a invadir o Grupamento de Polícia Militar (GPM) e sequestrar dois militares, espancando-os.
Após invadir o GPM, os bandidos teriam invadido a agência bancária e roubado vários malotes, além de levar como reféns o gerente e uma funcionária. Para o assalto, os bandidos teriam, inclusive, utilizado armas da Polícia Militar, roubadas durante a invasão ao GPM.
Os bandidos fugiram em direção a um canavial em Anadia, onde abandonaram os carros usados no assalto. Uma megaoperação foi montada para tentar capturar o bando, inclusive com a utilização de um helicóptero.
Dois dias após o assalto, a polícia prendeu sete acusados de envolvimento com o crime, além de apreender armas, parte do dinheiro roubado pelo bando – mais de R$ 41 mil -, balaclavas e 15 celulares.
Os acusados foram identificados como Cícero José da Silva Alves, 25, o Bibi, Valter Andrade da Silva, o Gordo, Edmilson Alves de Brito, 21, o Misso, José Cordeiro da Silva, 27, Márcio André Gonçalves Remi, 30, o Cavalo, e os taxistas José Alexandre Oliveira, 30, e Carlos Alberto Alves da Cunha, 30, acusados de receptação.