Medidas foram anunciadas em Brasília.
Gestores estaduais de Saúde de todo o Brasil se reuniram, nesta quarta-feira (29), em Brasília, durante assembléia ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para discutir, entre outros temas, ações para reforçar o enfrentamento da gripe A no País. O secretário nacional de Vigilância em Saúde, Jorge Penna, também participou da discussão e destacou as novas medidas que serão colocadas em prática pelo governo brasileiro em parceria com os estados e municípios.
O secretário da Saúde de Alagoas, Herbert Motta, que também representa os estados da região Nordeste no Conass, defendeu que o novo protocolo para enfrentar a Influenza H1N1 deve prever tratamento utilizando o oseltamivir para os casos considerados confirmados. “Em Alagoas temos registros de nove casos da doença com um detalhe interessante: todos eles são pacientes que estiveram em regiões afetadas. Nossa intenção é agir com rapidez e prestar assistência adequada aos pacientes com sintomas de gripe A”, disse o secretário.
De acordo com Jorge Penna, o Ministério da Saúde dispõe, até o final desta semana, de 100 mil tratamentos para gripe A. Desse montante, cerca de 70 mil tratamentos serão encaminhados aos estados, principalmente, aos que apresentaram maior número de casos. Em poucos dias, detalhou Penna, o médico que diagnosticar os sintomas da doença poderá receitar o remédio. “Antes os pacientes não estavam sendo tratados”, disse.
Também foi dito no Conass que os gestores atentem, nesse momento, para o possível assédio da indústria farmacêutica. Para garantir uma margem de segurança em seu estoque, o Ministério da Saúde, explicou Gerson Penna, se utilizou de um acordo feito em 2003, entre o governo brasileiro e o laboratório dono da patente do oseltamivir para liberação da produção do medicamento “o que não implica em quebra de patente”.
Ainda durante a reunião, os gestores se mostraram preocupados com a situação verificada em países que fazem fronteira com o Brasil. O presidente do Conass, Eugênio Pacelli, acredita que o Uruguai, em função do crescente número de casos registrados ultimamente poderá representar maior ameaça ao País do que a Argentina e o Chile.
Nesta quinta-feira (30), Herbert Motta, e os articuladores com os municípios, César Lira e Leonan Quirino, participam de reunião na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), para discutir o Plano Nacional de Atenção à Saúde do Homem, Regulamentação da Vigilância de Óbitos Infantis e Fetais, entre outros.