Empresários de Maceió cobram a volta do programa, extinto em janeiro deste ano, por recomendação do Conselho Estadual de Segurança Pública.
O Programa Comunidade Alerta, desenvolvido pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC) com o objetivo de estreitar a relação da polícia com a comunidade, por meio de uma frequência exclusiva de rádio comunicação, foi extinto em janeiro deste ano por recomendação do Conselho Estadual de Segurança Pública, mas ainda é alvo de polêmicas.
O programa que englobava empresas, condomínios, escolas, postos de combustíveis, bancos e outros estabelecimentos em uma rede de apoio a PM foi extinto em razão de irregularidades apontadas pelo Conselho, como a falta de transparência acerca de sua movimentação financeira. Mesmo assim, empresários cobram a volta do programa, considerado positivo pela maior parte da categoria.
O empresário Reinaldo Santos é um dos empresários que defende a volta do programa, classificado como uma comunicação ágil e segura com a polícia. “Fui usuário do sistema e posso atestar que foram inúmeros os casos de ocorrências bem sucedidas. Se o modo operacional do programa estava errado, é preciso rever isso e não extinguir. A extinção, quando deveria ser feita a ampliação do programa, é um retrocesso”, afirmou.
Santos conta que o Comunidade Alerta era bom para a comunidade e para a Polícia Militar, que contava com um rede de informação composta por pessoas credenciadas, o que diminuía a ocorrência de trotes. “As autoridades devem analisar com carinho a volta do programa”, frisou.
Em julho passado, representantes da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Estado de Alagoas (FAMPEC), estiveram na Secretaria de Defesa Social pedindo a volta do programa. Já representantes do Sindicato das Administradoras de Condomínios e Residenciais e Comerciais de Maceió (Sacrem) salientaram que, em Recife, um projeto similar ao Comunidade Alerta reduziu em 90% o número de assaltos a condomínios.
Em entrevista ao Alagoas24horas, o coronel Valdir, que está à frente do CPC desde o dia 12 deste mês, não descartou a volta do Comunidade Alerta, mas adiantou que, caso isso ocorra, será em outros moldes.
“O programa precisa ser reavaliado, modificado. É preciso fazer um reestudo para ver o que estava errado e rever a atuação do programa, para que ele possa voltar de forma mais segura, com outro formato, que não seja localizado e contemple toda a população”, frisou o coronel, acrescentando que o Comando está de portas abertas para discutir o assunto com a sociedade.