De acordo com José Edson, Rivaldo Manoel da Silva, conhecido como Branco do Ouro, estaria sendo procurado pelas polícias dos estados de Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba.
O diretor-geral adjunto da Polícia Civil de Alagoas, José Edson de Freitas, apresentou na manhã desta terça-feira, dia 1º de setembro, dois homens acusados de cometer crimes em seis estados do Nordeste. Os acusados, identificados como Rivaldo Manoel da Silva, de 36 anos, e Francisco de Assis Ferreira, 27, são acusados de cometer assassinatos, assaltos a banco, residências de luxo, extorsão mediante sequestro, entre outros.
De acordo com José Edson, Rivaldo Manoel da Silva, conhecido como Branco do Ouro, estaria sendo procurado pelas polícias dos estados de Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba. Em Pernambuco, onde nasceu, Branco do Ouro teria sido condenado a 28 anos de prisão.
Conhecido no mundo do crime por sua capacidade de articulação, Rivaldo – ou Branco do Ouro – já teria fugido de várias delegacias e do sistema prisional de Pernambuco. Francisco de Assis Ferreira, por sua vez, seria comparsa de Rivaldo na maioria dos crimes de homicídio cometidos pela quadrilha.
Após receber alerta das polícias do Nordeste, a Polícia Civil de Alagoas prendeu Rivaldo Manoel na saída de um condomínio localizado nas imediações do Conjunto Graciliano Ramos, no último domingo, dia 30. Rivaldo estava em um veículo Honda Civic de cor preta e placa MUS 9955/AL, que aparentemente está regular.
A prisão ocorreu após investigação da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), do Tigre e do Serviço de Inteligência, sob a coordenação do delegado Paulo Cerqueira. Após ser preso, Rivaldo – que estava com três pistolas 380 e uma espingarda 12 – teria denunciado o esconderijo de vários comparsas, entre eles, Francisco de Assis, que foi detido na cidade de Caruaru, agreste de Pernambuco.
Ainda segundo a Polícia Civil de Alagoas, Rivaldo Manoel da Silva teria assumido vários crimes no Estado, entre eles os assassinatos de Vanésia Francisca Martins, de 31, ocorrido em julho deste ano. Vanésia, que era mulher do traficante conhecido como Paulista, foi torturada e morta para denunciar o paradeiro de um homem que devia dinheiro a Rivaldo.
O homem, identificado como José Ribeiro Filho, também foi executado três dias após a morte de Vanésia e teve o seu corpo jogado em um matagal nas imediações de uma fábrica de móveis na Via Expressa. Antes de ser morto, José Ribeiro foi obrigado a fazer um saque e entregar o dinheiro a Rivaldo. No dia da morte, o comprovante do saque foi o único documento encontrado com a vítima.
Outro crime que teria sido confessado por Branco do Ouro seria a execução dos comerciantes pernambucanos Gilson Silva e Francisco Severino. Na época do crime, outubro de 2008, Márcia Rodrigues Ramos sobreviveu à chacina após se fingir de morta. Os comerciantes, que residiam da cidade de Igarassu, haviam sido sequestrados em um bar e assassinados em terras da Usina Santa Clotilde, em Rio Largo. O crime teria sido um acerto de contas.
Apesar das acusações que pesam contra ambos, nenhum dos acusados quis falar com a imprensa na manhã de hoje. De acordo com o secretário-adjunto de Polícia Civil, José Edson, os acusados deverão ser encaminhados para o sistema prisional de Alagoas até que as varas de Execuções Penais onde respondem por crimes decidam onde os acusados deverão cumprir suas penas.