Durante a sessão desta tarde na ALE, a imprensa e os deputados – em plenário – foram pegos de surpresa com a chegada de um oficial de Justiça com nova ordem de afastamento do deputado.
A possível quebra-de-braços entre os Poderes Legislativo e Judiciário voltou ao centro das atenções da imprensa na tarde desta terça-feira, 1º de setembro. De acordo com as primeiras informações, o desembargador Orlando Manso teria ratificado a determinação do afastamento do deputado estadual Cícero Ferro da ALE, baseado no seu envolvimento no caso Fernando Aldo e em sua prisão por porte ilegal de armas durante a Operação Taturana.
Durante a sessão desta tarde na ALE, a imprensa e os deputados – em plenário – foram pegos de surpresa com a chegada de um oficial de Justiça com nova ordem de afastamento do deputado. Como o oficial não pôde se pronunciar, a assessoria de comunicação da Casa de Tavares Bastos confirmou que se tratava de nova determinação, sem entrar em detalhes.
A Mesa Diretora bem que tentou evitar o afastamento do deputado. Após ser expedida a primeira determinação, o parlamento anexou uma resolução, aprovada em março de 2008 onde estabele o trancamento da ação penal contra o deputado Cícero Ferro, às contra-razões do Poder Legislativo encaminhadas ao TJ para serem analisadas pelo magistrado.
Pelo visto as contra-razões apresentadas não foram suficientes. O deputado Cícero Ferro – que não compareu à sessão de hoje – deverá deixar a cadeira. O oficial de Justiça entregou a determinação ao presidente da ALE, deputado Fernando Toledo (PSDB), ao término da sessão.
Antes da entrega, porém, o clima esquentou na Casa. A imprensa recebeu autorização do deputado Paulão (PT) para entrar na sala de reuniões – onde o oficial estaria. Insatisfeito, o deputado Nelito Gomes expulsou os repórteres e discutiu calorosamente com Paulão.
Ao final da sessão o deputado Fernando Toledo confirmou o recebimento do documento, mas afirmou que ainda não sabe o conteúdo. "Ouvir falar que é sobre o deputado Cícero Ferro. Vou conhecer o conteúdo e, se for isso, analisá-lo junto à procuradoria", disse.
Atualizada às 18h00.