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Nós, cidadãos?

Somos mesmo cidadãos?

Ampliar a compreensão do social, não é compromisso político apenas dos governantes, mas sobretudo, de cada cidadão!

Nossa omissão gera tudo aquilo que o escritor e dramaturgo alemão escreveu sobre o “analfabeto político”.

Os sintomas da anti-cidadania podem ser chamados de silenciamento ou indiferença!

O governador de Alagoas, através de seus mediadores de interesses, repartiu a Educação e suas Coordenadorias como no passado do Brasil os portugueses repartiram as sesmarias. Os negociadores da política de cada região receberam uma, indicando pessoas comprometidas ou não, capazes ou não para o cargo mor, numa salada mista de negociatas a comprometer a História!

A 10ª Coordenadoria, situada em Porto Calvo, não divulgou aos inscritos no Supletivo a data de pegar o cartão de inscrição, indo os mesmos às escolas indicadas aleatoriamente em busca do documento. Chegando aqueles às escolas, aguardou por três dias, eliminando do processo quem não teve a “sorte” de lá comparecer enquanto o dito cujo permanecia sobre o birô da secretaria.

Uma “quase” bobagem eliminar dezenas, centenas de inscritos no Supletivo! Quase, mas… No estado brasileiro com tão alto índice de analfabetismo, de jovens fora da escola e com escolaridade incompleta! Quase bobagem, porque houve investimento de dinheiro público para atender essa demanda, porque quem se inscreveu criou expectativa, estudou, se preparou e foi excluído mais uma vez! Não é bobagem desdenhar o povo!

Sei que muitos preferem a paz de plástico dos que silenciam, contudo, não sou adesa a essa farsa! Cada funcionário omisso, cada cidadão calado, é uma reafirmação da injustiça institucionalizada que nos fere. Até quando assistiremos nossa Alagoas perdendo, desperdiçando, desvalorizando aquilo que é de melhor, seu povo, seus empobrecidos, seus resistentes?

Somos mesmo cidadãos?

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