De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o prazo se encerraria no dia 12 e embora as investigações estejam ‘avançadas’, as delegadas responsáveis pelo caso estariam aguardando os resultados dos laudos técnicos.
As delegadas Luci Mônica, Rebeca Cordeiro e Fabiana Leão deverão solicitar ao juiz Geraldo Amorim, da 9ª Vara Criminal, a prorrogação do prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito policial sobre a morte do estudante universitário Fábio Acioli, que foi sequestrado e teve o corpo queimado por bandidos. Fábio morreu em Recife (PE), em decorrência de infecção generalizada.
De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil, o prazo se encerraria no próximo dia 12 e embora as investigações estejam ‘avançadas’, as delegadas responsáveis pelo caso estariam aguardando os resultados dos laudos técnicos no computador pessoal, telefone e outras provas técnicas que deverão levar ao mandante do crime.
No último dia 3, as delegadas concederam entrevista coletiva confirmando a prisão de Márcio Fernando Inácio, Nelson Luis de Andrade, Wanderley do Nascimento Ferreira, Carlos Eduardo Souza, acusados de serem os autores materiais do crime, e do funcionário público Rafael Cícero de França, que estaria com o rapaz no momento que ele foi levado pelos bandidos.
Fábio foi sequestrado no dia 11 de agosto, no bairro de Cruz das Almas. Os bandidos levaram a vítima em seu veículo – um Pegeout de placa MUH 6407/AL – até um canavial, onde o jovem foi agredido e teve quase 90% do corpo queimado. O carro de Fábio foi carbonizado e abandonado em uma estrada de barro em Jacarecica.
O universitário chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para um hospital particular no bairro do Farol, onde foi submetido à primeira cirurgia. O universitário chegou a ser transferido para um hospital especializado no tratamento de queimados, onde permaneceu internado por 15, até a sua morte.
No momento do sequestro, Rafael Cícero – que passou de testemunha a suspeito de participação no crime – estava em companhia da vítima e contou em depoimento à polícia que costumava frequentar o coqueiral de Cruz das Almas, onde ficava circulando à procura de encontros para manter relações sexuais. Ele teria encontrado Fábio quatro vezes naquelas circunstâncias. O funcionário público também negou em depoimento que recebia pelos encontros.
Rafael Cícero foi responsável pela confecção do retrato-falado de dois suspeitos, que foram presos na Grota do Pau D’Arco, no Jacintinho, em casas separadas. A polícia alagoana descobriu que os quatro suspeitos respondem por outros crimes no Estado de São Paulo: assaltos, porte ilegal de armas, estelionato e roubo qualificado.