A desembargadora afirmou, ainda, que o buraco sem fundo do Estado é a Assembleia Legislativa, onde o governo gasta mais dinheiro por metro quadrado.
Flávia Duarte/Alagoas24horas
A presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, que na manhã desta sexta-feira, dia 11, participou da assinatura de um termo de compromisso visando atingir a Meta 2 do Conselho Nacional de Justiça, aproveitou a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e fez duras críticas ao Executivo e ao Legislativo de Alagoas.
Diante do secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, e com o auditório lotado, a desembargadora Elizabeth Carvalho do Nascimento disse que a violência no estado é crescente e fez um sério questionamento: “Como vai crescer um estado que vive na época do cangaço?”. A presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas disse, ainda, que quando se aposentar “vai embora de Alagoas”.
A magistrada afirmou que em reunião com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), ocorrida esta semana, disse não aceitar a redução do duodécimo do Judiciário alagoano, uma vez que o poder tem ações efetivas em todo o Estado, além das metas do CNJ para cumprir.
A desembargadora afirmou, ainda, que o buraco sem fundo do Estado é a Assembleia Legislativa, onde o governo gasta mais dinheiro por metro quadrado. “Temos informações de um suplente que em pouco mais de um mês naquela Casa comprou um carro de luxo”, contou a desembargadora, tratando do visível enriquecimento dos integrantes da Casa de Tavares Bastos.
Ainda de acordo com a desembargadora, o Tribunal de Justiça garante direito ao pobre e que por isso não pode ter seus recursos reduzidos. Diante de um secretário de Defesa Social ‘desconcertado’, Elisabeth destacou os índices alarmantes da violência no Estado e fez um convite inusitado ao presidente do STF. “Caso o senhor (Gilmar Mendes) tenha pretensões políticas quando se aposentar, sugiro que transfira seu domicílio eleitoral para Alagoas e venha ser governador, para ver se teremos um início de progresso aqui”.