A dona-de-casa, que durante mais de dez anos teria participado de ritos do candomblé, de acordo com familiares, teria deixa a religião e entrado para uma igreja evangélica.
Momentos após matar dois dos três filhos, Anthony Pedro Santos Nobre, 7, e Abelardo Pedro Nobre Neto, 11, Arlene Régis dos Santos, de 35 anos, disse que teria ‘incorporado’ uma entidade. A manifestação ocorreu no começo da manhã desta terça-feira, 29, na cela da Delegacia de Plantão II, no Salvador Lyra, e obrigou o delegado Antonio Carlos Lessa a acionar uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para sedá-la.
A dona-de-casa, que durante mais de dez anos teria participado de ritos do candomblé, de acordo com familiares, teria deixado a religião e entrado para uma igreja evangélica. Durante sua suposta ‘incorporação’, a entidade teria dito que veio buscar ‘as coisas que ela (Arlene) mais amava’. A manifestação foi acompanhada pelo delegado e policiais, que precisaram conter Arlene.
Ainda no local do crime, enquanto familiares e vizinhos acompanhavam o trabalho dos policiais e a remoção do corpo das crianças, o sogro da acusada falou com a reportagem do Alagoas24horas. Segundo Abelardo Pedro, Arlene tinha um comportamento bastante controvertido, inclusive destruindo e se desfazendo dos objetos pessoais da família.
O sogro afirma que viajou por diversas vezes a Caruaru, onde comprava confecções para que a nora revendesse em Maceió e ela sempre se desfazia da mercadoria. O casal, segundo o sogro, estaria mais uma vez separado. Nas separações anteriores, o filho teria voltado depois que Arlene teria ameaçado matá-lo e posteriormente se matar.
Indagados sobre o comportamento de Arlene com as crianças, vizinhos afirmaram que a acusada teria uma ligação muito forte, sobretudo, com o caçula, que foi morto por asfixia.
Na cena do crime, os policiais encontraram velas acesas em meio a fotografias das crianças, comida espalhada pela residência, além de uma grande bagunça.
Já no Instituto Médico Legal Estácio de Lima, para onde foi levada para fazer exame de corpo de delito, Arlene Régis – bastante transtornada – negou que estivesse separada do marido e afirmou ter dado um calmante para as crianças dentro do suco. A acusada deverá ser encaminhada, agora, para o Presídio Feminino Santa Luzia, onde permanecerá por alguns dias na triagem.