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Membros da ‘Gangue Fardada’ são condenados a 33 anos de prisão

Everaldo - pai de Eloá - e Cição foram condenados por crime triplamente qualificado pelos assassinados de Ricardo Lessa e seu motorista, em 1991.

Flávia Duarte/Alagoas24Horas

Julgamento foi presidido pelo juiz Geraldo Amorim

Após 11 horas de júri popular, os dois acusados de participar dos assassinatos do delegado Ricardo Lessa e do seu motorista, Antenor Carlota da Silva, foram condenados a mais de 33 anos de prisão em regime fechado cada um.

Foram condenados por homicídio triplamente qualificado o ex-cabo da Polícia Militar de Alagoas, Everaldo Pereira dos Santos – pai de Eloá -, e o também ex-cabo Cícero Felizardo, o Cição.

A sentença prevê 33 anos, três meses e 22 dias de prisão para Everaldo e 33 anos e seis meses de prisão para Cição. Ambos ainda terão que pagar uma indenização aos herdeiros das vítimas no valor de R$ 653 mil – para os herdeiros de Lessa – e R$ 146 mil – aos herdeiros de Carlota.

O julgamento foi presidido pelo juiz Geraldo Amorim, da 9ª Vara Criminal. A sentença aponta que os motivos do crime foram o fato do delegado estar investigando as atrocidades pratigadas pelo integrantes da "Gangue Fardada".

Everaldo e Cição continuam foragidos e apenas foram condenados porque constituíram advogado. O paradeiro de Everaldo Pereira se tornou público durante o sequestro e assassinato da jovem Eloá Pimentel, em outubro do ano passado, quando a jovem – que é filha de Everaldo – foi mantida no apartamento da família pelo ex-namorando Lindenberg Alves – e morta após a invasão da Polícia Militar. O caso, que durou mais 100 horas, mobilizou a imprensa nacional e revelou o esconderijo de Everaldo Pereira, que em São Paulo usava a identidade de Aldo José da Silva.

Durante o sequestro, Everaldo teria sofrido um mal súbito e foi encaminhado para um hospital local e desde então encontra-se foragido. Apesar da condição de fugitivo da Justiça, Everaldo Pereira constituiu advogado e será julgado amanhã.