Trabalhadores exigem condenação de assassinos de sem-terra.
Cerca de 700 trabalhadores rurais ligado ao Movimento Sem Terra realizam vigília e uma caminhada pelas ruas da capital alagoana na manhã desta segunda-feira, dia 30. Os trabalhadores realizam uma vigília em memória de Jaelson Melquíades, líder sem-terra assassinado a tiros em 2005, no município de Atalaia.
A passagem dos quatro anos da morte de Jaelson é marcada pela impunidade. Os mandantes de sua morte continuam soltos e seus executores foragidos.
O ato público hoje na capital tem início às 11h partindo da praça Sinimbu para terminar numa celebração em frente ao Tribunal de Justiça, na Praça Deodoro. O MST reclama o desaforamento do caso da comarca de Atalaia, por acreditar que as influências diretas do poder local no judiciário impedem o andamento das condenações. Para isso, os companheiros de Jaelson esperam ser recebidos ao final do ato.
Em 29 de novembro de 2005, em um momento de muitas conquistas para as lutas dos trabalhadores rurais de Atalaia, o líder de muitas dessas vitórias, Jaelson Melquíades, 25 anos, foi abatido em emboscada com cinco tiros, a mando de fazendeiros da região interessados em desarticular os movimentos sociais. O acusado de mandante do assassinato, Pedro Batista, está aguardando em liberdade seu julgamento e o executor, conhecido como Zé Pedro, com prisão preventiva decretada, encontra-se foragido.