Moisés Felipe ganhou de presente de Papai Noel um dia como bombeiro, com direito a rapel e passeio no caminhão da corporação.
O pequeno Moisés Felipe Teixeira Costa, 6 anos, realizou mais que um sonho – segundo ele mesmo – na manhã desta segunda-feira, dia 21. Moisés, que escreveu uma carta ao Papai Noel pedindo um carro de Bombeiros, pode ser bombeiro por um dia, com direito a rapel, a comandar uma viatura caminhão Auto Bomba Tanque da corporação, além do brinquedo.
O “bombeiro-mirim” ainda agradeceu ao Papai Noel de uma forma inusitada. Ele levou um presente artesanal para o “bom velhinho”. Moisés Teixeira foi uma das crianças que enviaram cartas à Papai Noel por meio dos Correios. O projeto visa atender o maior número de cartas possíveis, atendendo aos pedidos das crianças de até dez anos de idade, conforme o assessor de Comunicação dos Correios, Carlos Gonçalves.
De acordo com Gonçalves, este ano, o Correios em Alagoas, recebeu cerca de duas mil cartas. A expectativa é de que pelo menos mil sejam atendidas em parceiras com empresas, funcionários do próprio Correios, além da participação da sociedade civil organizada.
Carlos Gonçalves salientou que a empresa teve que limitar a idade até 10 anos para poder conseguir atender o maior número de crianças possíveis, já que são recebidas até cartas de adultos, que pedem desde cestas básicas a empregos. Um novo desafio encontrado para atender aos pedidos tem sido a forma como eles vêm acontecendo. “Com a evolução tecnológica, tem menino pedindo celular com todas as funções disponíveis, especificando marcas, pedindo notebook”, colocou Carlos Gonçalves.
Porém, há os pedidos mais singelos, como o de Moisés Teixeira, que pediu o caminhão de bombeiros, especificando na carta que só não estava pedindo para ser bombeiro, porque a idade ainda não permitia. “Tenho um grande sonho na vida, me tornar um grande bombeiro, para salvar vidas, acabar com incêndio e poder ajudar muitas pessoas. Por enquanto, gostaria que o senhor me trouxesse, nesse Natal, um caminhão de bombeiros, que tenha escada”, escreveu o garoto, na carta.
Moisés Teixeira ainda fez questão de frisar: “Se o senhor (Papai Noel) achar que eu mereço, é claro! Eu me comportei o ano todo e acho que mereço”. Ele foi atendido. No início chegou ao quartel tímido, mas ao escutar as sirenes do caminhão Auto Bomba, já subiu no veículo, deu uma volta pelo bairro do Trapiche da Barra e retornou para o rapel com uma equipe da corporação. “Realizei o meu sonho. É um sonho que eu tenho desde os cinco anos de idade. Gostei do passeio no caminhão e vou seguir esta profissão”, disse Moisés Teixeira.
Enquanto esperava para descer no rapel, o pequeno Moisés Texeira ainda falou do alto do prédio do Corpo de Bombeiros: “Só não desci ainda porque o Papai Noel está com medo!”. Pois é, no sonho realizado do menino sobrou até para o Papai Noel Antônio Cananéas, que teve que descer de rapel junto com o garoto. O “bom velhinho” chegou a ficar preso na corda por conta da barba branca. Mas até isto, foi motivo de risos. “Não tive medo, não. Foi legal”, salientou. Cananéas ressaltou que o desafio de descer o rapel foi recompensado. “É muito bom ver a alegria do garoto. Mesmo perdendo um pedaço da barba, posso dizer que valeu a pena”, frisou o Papai Noel.
O garoto foi ainda ciceroneado pela subtenente Amélia Sandes, que conduziu o menino pelo prédio do Corpo de Bombeiros, para que ele acompanhe o cotidiano da corporação.
A campanha dos Correios já possui 14 anos de existência. De acordo com Carlos Gonçalves, todo ano aparecem pedidos que sensibilizam e fazem valer a pena o trabalho de uma comissão que é formada para trabalhar especificamente com as cartas recebidas. Além de atender a aproximadamente mil pedidos, os Correios conseguem deslocar estrutura para atender a pelo menos 10 cartas consideradas especiais, como a de um garoto que pediu apenas uma ceia de natal.