Everaldo Pereira foi preso em uma residência no Conjunto Eustáquio Gomes, na periferia de Maceió. Paradeiro do ex-PM se tornou público durante sequestro da filha Eloá, em São Paulo.
Uma operação da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic) e do 10º Distrito Policial resultou na prisão, na final da manhã desta segunda-feira, dia 28, do ex-cabo da Polícia Militar de Alagoas Everaldo Pereira dos Santos, acusado de integrar a Gangue Fardada, organização criminosa composta por militares acusadas de vários delitos, entre eles crime organizado, assassinatos, assaltos, entre outros.
Em novembro deste ano, Everaldo Pereira foi condenado a 33 anos e seis meses de prisão pelos assassinatos do ex-delegado Ricardo Lessa e do seu motorista, Antenor Carlota da Silva, crime ocorrido em 1991. Além de Everaldo, que é conhecido como Amarelo, foi condenado pelos crimes o ex-cabo Cícero Felizardo, o Cição.
Everaldo Pereira foi preso – graças a uma denúncia anônima – em uma residência no Conjunto Eustáquio Gomes, na periferia de Maceió. De acordo com as primeiras informações, uma mulher também foi detida e deverá prestar esclarecimentos à polícia. Ambos foram encaminhados para o 10º Distrito Policial, onde prestarão depoimento ao delegado Gustavo Carvalho. Uma entrevista coletiva está marcada para as 14h30 de hoje, na sede da Polícia Civil de Alagoas.
Em outubro do ano passado de 2008, o drama da menina Eloá Cristina Pimentel, sequestrada e mantida em cárcere privado pelo ex-namorado, Lindenberg Alves, mobilizou o país por mais de 100 horas e revelou – acidentalmente – o paradeiro do ex-cabo da Polícia Militar, Everaldo dos Santos, que já era considerado fugitivo da Justiça.
Em São Paulo, Everaldo usava o nome de Aldo José da Silva e só foi descoberto quando sofreu um mal súbito e foi levado às pressas para um hospital local, de onde voltou a fugir. Em Maceió, Everaldo Pereira residia na Rua São Félix, no bairro do Vergel do Lago, quando deixou a capital alagoana com a família e seguiu para o ABC Paulista.
Após a descoberta do seu paradeiro, uma equipe de delegados chegou a se deslocar a São Paulo para tentar capturá-lo, sem êxito. Apesar da nova fuga, Everaldo passou a ser acusado, entre outros crimes, pela morte da sua primeira mulher.
A Polícia Civil ainda não revelou há quanto tempo Everaldo Pereira estava escondido em Maceió ou sua relação com os proprietários da residência onde foi encontrado.