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No Inter, presidente vira ‘corneteiro’ de time e técnico

Vitorio Piffero não está nada feliz com o início do Internacional no Gauchão.

ITAMAR AGUIAR/RAW IMAGE/GAZETA PRESS

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O início ruim do Internacional no Campeonato Gaúcho, o pior desde 2007, fez a equipe ganhar um "corneteiro" daqueles: o presidente do clube colorado, Vitório Piffero. A principal crítica do cartola é em relação ao péssimo desempenho defensivo da equipe até agora, com cinco gols sofridos em dois jogos.

Para se ter uma ideia de como a situação piorou na transição de Abel Braga para Diego Aguirre, o Inter teve média de 0,98 gol sofrido por partida em 2014: 67 em 68 jogos. Em 2015, depois da chegada do treinador uruguaio, a média subiu para 2,5 por partida.

Sobrou até para o atacante Eduardo Sasha, xodó da torcida. Apesar de ter feito dois gols contra o São José, o jogador saiu "cornetado" por Piffero devido às falhas na marcação.

"Sem dúvida, precisamos de um jogador que marque mais do que o Sasha. Não que ele seja o problema, mas acho importante testarmos esquemas de jogos, pois isso forma a convicção. Gostei do ataque hoje. Faltou ajustarmos o meio-campo, fechar mais a equipe. Jogamos muito abertos", disparou o dirigente.

Aguirre preferiu não comprar briga com o chefe e disse ter entendido o recado.

"Não divido o time, é um só. Todos defendem e todos atacam. Seria injusto falar que os jogadores da frente foram bem e os de trás não. O time é feito por 11, estamos todos juntos para ganhar ou perder. Não vou separar e nem fazer críticas individuais. Nestes momentos difíceis temos que fechar o grupo, ser forte", discursou o uruguaio.

No jogo contra o Lajeadense, porém, o tom do mandatário foi ainda mais forte. Irritado com o empate (e com a posterior derrota nos pênaltis que valeu o vice na Recopa Gaúcha), Piffero detonou a arbitragem, mas também a partida feita pelo elenco comandado por Aguirre.

"O nosso desempenho foi igual ao do árbitro: péssimo", bradou.

A única coisa que agradou ao presidente até agora na temporada foi o ataque do time, que também fez cinco gols em dois jogos – média de 2,5 por duelo. O recém-contratado Vitinho, inclusive, já fez dois logo na estreia. Mas isso não foi suficiente para deixar Piffero feliz.

"Acho que nosso ataque está bem. E só. Temos que arrumar o resto", comentou o "corneteiro" número um do Beira-Rio, que vê a entrada do volante Anderson, apresentado na última terça-feira, como essencial para arrumar a equipe na sequência do Gauchão.

"Ele tem mais poder de marcação que Vitinho, Nilmar e Sasha", constatou.