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Militares ameaçam operação padrão no carnaval

Durante a assembleia, que lotou a sede da ASSMAL, muitos militares utilizaram os microfones para demonstrar indignação sobre o caso e defender o retorno da Operação Padrão, que tem o objetivo de realizar as atividades na rua apenas de acordo com o quê a lei permite. "A categoria é uma só e nós acreditamos no engajamento da tropa. Não estamos pedindo favor e sim um direito que é nosso", disse o presidente da Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas (ABMAL), sargento Marcos Ramalho.

Railton Teixeira/Alagoas 24 Horas

Os militares se reuniram na sede da ASSMAL, no bairro do Trapiche

Centenas de policiais e bombeiros militares se reuniram, na tarde desta quinta-feira, 05, na sede da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (ASSMAL), no Trapiche, para decidir se retornam com Operação Padrão caso o Governo de Alagoas não pague o reajuste salarial da categoria.

Durante a assembleia, que lotou a sede da ASSMAL, muitos militares utilizaram os microfones para demonstrar indignação sobre o caso e defender o retorno da Operação Padrão, que tem o objetivo de realizar as atividades na rua apenas de acordo com o quê a lei permite.

"A categoria é uma só e nós acreditamos no engajamento da tropa. Não estamos pedindo favor e sim um direito que é nosso", disse o presidente da Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas (ABMAL), sargento Marcos Ramalho.

Decisão

Após algumas discussões, os militares decidiram que irão aguardar o resultado de uma reunião entre os presidentes de associações, os comandantes da Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros e o secretário de Planejamento e Gestão Pública, Christian Teixeira, que será realizada às 11 horas desta sexta-feira, 05, na sede da Segesp, no Centro.

A categoria informou ainda que após a reunião será realizada uma nova assembleia geral na porta da Segesp e caso o Governo não cumpra com o acordo, o movimento irá aderir a Operação Padrão podendo se estender ao aquartelamento.

Reivindicações

De acordo com informações dos presidentes das associações militares, durante as negociações com o ex-governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) no ano passado foi acordada a implementação de 21% nos vencimentos da categoria. O valor foi dividido em duas parcelas, sendo a primeira (5%) a ser paga em janeiro deste ano e a última (16%) em abril. No entanto, com a mudança de governo, o compromisso ainda não foi honrado pelo governador Renan Filho (PMDB).

"Os acordos com o governo anterior foram estabelecidos em lei e a parcela de janeiro ainda não foi implementada nos nossos vencimentos. Além disso, o Governo não se manifestou oficialmente sobre o caso e ainda não aplicou o percentual devido. Tivemos conversas com o secretário de Defesa Social, Alfredo Gaspar, e o comandante da PM, coronel Lima Júnior e fomos informados que o Governo está realizando um levantamento nas contas e pede um voto de confiança", informou o cabo Wagner Simas, presidente da Associação dos Praças de Alagoas (Aspra).

Atualizada às 18 horas.