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MP oferta denúncia contra acusados de comandar tráfico de dentro de presídios

Todos os acusados estão atualmente recolhidos no sistema penitenciário por diferentes ilícitos penais.

Sedres

Samuel dos Santos Campos

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), por meio do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e da 11ª Promotoria de Justiça de Arapiraca, ofereceu denúncia em desfavor de Samuel dos Santos Campos, o “Irmão”; Claudízio Alves da Silva, o “Medroso”; Maciel Barros Marinho, o “Salsicha”; Wellington Carlos da Silva Cruz, o “Wellington”; e Josivan Pereira da Silva, o “Mangueira”. Eles são acusados de crimes associados ao tráfico de drogas e formação de quadrilha no município de Arapiraca e outras cidades da região do Agreste. Parte do bando comandaria a prática criminosa de dentro de unidades prisionais na capital e no interior.

Todos os acusados estão atualmente recolhidos no sistema penitenciário por diferentes ilícitos penais. De lá, três deles, segundo as investigações do Gecoc, continuam exercendo influência na comercialização de entorpecentes em Arapiraca e municípios adjacentes. “De bom norte observar que os denunciados Samuel dos Santos Campos, Claudízio Alves da Silva e Maciel Barros Marinho, que já são reeducandos do sistema prisional alagoano, ainda permanecem praticando suas atividades delitivas com desenvoltura, em ativa, permanente e organizada associação com os demais denunciados, com objetivo de obter, diretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática das infrações penais”, revela um trecho da denúncia.

Já Wellington Carlos da Silva Cruz e Josivan Pereira da Silva foram presos recentemente após operação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas e da Polícia Militar, em Arapiraca.

“Verifica-se, portanto, do acervo probatório colhido nos autos, que os denunciados, agindo de forma consciente e voluntária, com unidade de desígnios e conduta teleologicamente orientada, investidos de intenso dolo, associaram-se para comercializar drogas, sendo, por outro turno, evidente a organização, permanência e estabilidade do grupo criminoso”, explica outro parágrafo da ação penal.

Os acusados também são suspeitos de cometer crimes contra o patrimônio, comercialização e porte de armas de fogo, inclusive as de uso exclusivo de forças militares, e homicídios de desafetos e devedores da organização criminosa. O Gecoc investiga ainda a participação de mais integrantes nas atividades do bando.

Os pedidos

No procedimento, o MPE/AL pede a citação dos denunciados, designação de audiência de instrução e a condenação de cada um pelos crimes que cometeram. A denúncia é assinada pelos promotores Viviane Sandes Wandereley, Antônio Luiz dos Santos Filho, Luiz Tenório Oliveira de Almeida, Elísio da Silva Maia Júnior e Hamilton Carneiro Júnior.

Prisão preventiva

O grupo de promotores também pede a prisão temporária dos acusados, visto que, embora todos já se encontrem presos, a reclusão ocorre por decisão judicial de prisão temporária. Isto porque a temporária é utilizada para investigações e costuma ser de curta duração, enquanto a preventiva mantém o denunciado preso durante o decorrer da ação penal.

“Os elementos trazidos em razão da instrução criminal atestam a necessidade da prisão preventiva, em face da gravidade concreta da conduta, extraída a partir das circunstâncias do caso que, pelas características delineadas, retratam, in concreto, a necessidade de segregação para a garantia da ordem pública e aplicação da lei penal, a fim de evitar a continuidade da atividade ilícita, tendo em vista a existência de grupo organizado dedicado à traficância de entorpecentes, além de outros crimes de gravidade, praticando suas atividades ilícitas mediante o emprego de armas de fogo”, explica o MPE/AL na denúncia.