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Delegado diz que está tendo dificuldades para investigar morte de Leandro

De acordo com o delegado, a única pista do crime ainda é o bilhete deixado pelos executores, onde eles acusavam Leandro Oliveira de tê-los denunciados à direção da escola ao terem sido flagrados usando maconha.

O delegado do 5° Distrito Policial, Roberto Lisboa, revelou – na manhã de hoje – que está tendo dificuldades nas investigações do assassinato de Leandro Oliveira da Silva, de apenas 11 anos de idade, morto a pauladas na manhã do dia 10 de janeiro, dentro de sua própria residência.

De acordo com o delegado, a única pista do crime ainda é o bilhete deixado pelos executores, onde eles acusavam Leandro Oliveira de tê-los denunciados à direção da escola ao terem sido flagrados usando maconha. Conforme a primeira versão, Leandro Oliveira viu os executores usando drogas e teria procurado os responsáveis pelo colégio onde estudava para denunciar a situação.

O bilhete – assinado por vingador e exterminador – ameaça ainda mais dois garotos na faixa etária de Leandro: Hugo e Rafael. Lisboa disse que já esteve com os dois e com os familiares dos meninos, mas que impera o silêncio. “Eles dizem que desconhecem o fato de Leandro ter denunciado alguém nestas circunstâncias. Estamos tentando fazer com que eles entendam que não é silenciando que eles vão estar livres dos que mataram o Leandro, pois vai gerar a sensação de impunidade”, colocou o delegado.

No entanto, a apesar das dificuldades já existem informações de que a Polícia Civil possui o nome de um adolescente de 16 anos, que estaria sendo procurado pelos policiais do 5° DP.

Roberto Lisboa colocou ainda que a Polícia Civil de Alagoas tentou oferecer proteção aos menores, mas os parentes dos meninos preferiram mandar Hugo e Rafael para o interior do Estado. Roberto Lisboa destacou ainda que as investigações também esbarraram no período de recesso escolar, o que tem dificultado saber o que de fato aconteceu dentro da escola de Leandro, que fica bem próximo a sua residência.

“Estamos investigando, mas com algumas dificuldades, dentre elas, levantar informações na própria escola. Conversamos com a direção, que nega o conhecimento de uso de drogas dentro do colégio. O único indício é o bilhete apontando que o crime nasceu na escola”, salientou.

Ao comentar o crime em detalhes, Roberto Lisboa disse ainda que Leandro Oliveira foi morto enquanto tomava café. “Mais de uma pessoa participou deste crime. Não há sinais de arrombamento, ou seja, provavelmente a porta da residência estava aberta. Leandro estava tomando café, quando eles entraram, o imobilizaram, arrastaram para o quarto, que fica a menos de um metro da sala, por ser uma casa humilde, e o executaram”, complementou.

O delegado disse ainda que todo o material foi submetido ao trabalho da perícia do Instituto de Criminalística e alertou para que os pais sempre estivesse acompanhando seus filhos. “O pai dele chegou a perguntar ao Leandro sobre estes bilhetes, mas a criança havia dito que desconhecia a procedência”, finalizou Roberto Lisboa.