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Marcha contra aborto acontece amanhã

A Marcha contra a Legalização do Aborto, cuja concentração será às 16 horas em frente ao Hotel Enseada, foi a forma encontrada de mobilizar a sociedade e mostrar às autoridades que o brasileiro é contra a legalização.

Um grupo organizado de cristãos está programando uma grande mobilização popular para amanhã, 13, na Praia de Pajuçara. Trata-se da Marcha Estadual da Cidadania em Defesa da Vida, que pretende reunir mais de 2000 pessoas de todas as religiões e cleros. O movimento segue uma tendência nacional contra a legalização do aborto no Brasil.

Atualmente, alguns projetos de lei em tramitação no Congresso e no Senado querem legalizar o aborto. Segundo Ricardo Santos, um dos organizadores do evento, a legalização do aborto interessa a alguns segmentos, como o governo federal, fazendo coro com alguns países ricos interessados no controle populacional dos países pobres como o “Fundo das Nações Unidas para a População e para Mulher” e organismos internacionais, como a Federação Internacional de Planejamento Familiar (IBPF), que tem filiais espalhadas em mais de 180 países, inclusive o Brasil (BENFAM).

Segundo a comissão organizadora (composta por católicos, espíritas, evangélicos e outras denominações), legalizar o aborto é optar pela exclusão, pois a vida humana começa na fecundação. Baseados em argumentos científicos no campo da Embriologia e da Genética, estudiosos afirmam que a vida humana individual se inicia quando os 23 cromossomos masculinos transportados pelo espermatozóide se encontram com os 23 cromossomos do óvulo da mulher, definindo todos os dados genéticos já presentes. “É por isso que somos defensores da vida e não queremos que em nosso país o aborto seja legalizado”, explicam os membros da comissão.

Os defensores do aborto afirmam que é um direito da mulher decidir sobre seu corpo e o que fazer com ele, conseqüentemente, sendo ela a responsável pela vida do feto. Os cristãos acreditam que essa posição é inaceitável, concordando que ela é dona do próprio corpo e não do corpo do outro ser que hospeda temporariamente nela e cuja vida foi outorgada por Deus.

O governo federal defende que muitas mulheres morrem em clínicas clandestinas ou em suas próprias residências, vítimas de práticas inadequadas de aborto. Segundo o Ministério da Saúde, com a legalização do aborto, as mulheres pobres poderão ser atendidas pelo SUS e realizarão os procedimentos com toda a cautela e cuidados médicos.

“O SUS atualmente não dá conta de atender uma simples marcação de consulta ou de fazer um simples hemograma. Portanto, dizer que o aborto clandestino é uma questão de saúde pública e a solução é a sua legalização é o mesmo que querer resolver o problema dos usuários de drogas legalizando o comércio de entorpecentes no país”, explica Ricardo Santos, que é médico cardiologista e espírita.

A Marcha contra a Legalização do Aborto, cuja concentração será às 16 horas em frente ao Hotel Enseada, foi a forma encontrada de mobilizar a sociedade e mostrar às autoridades que o brasileiro é contra a legalização. “Chegou a hora de ocuparmos as ruas e manifestar de maneira calma, pacífica, clara e ordeira o nosso repúdio e nossa indignação a estas tentativas de criar uma lei que atente contra a vida do nascituro”, enfatiza Santos.