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CSE, o grande ausente do Alagoano 2008

Tricolor palmeirense foi rebaixado para a 2ª divisão.

Tribuna do Sertão/Cortesia

Estádio do CSE, em Palmeira dos Índios

A primeira rodada do Campeonato Alagoano 2008 teve inicio no último dia 12 e uma ausência importante foi notada pelos torcedores de Palmeira dos Índios. O Centro Social Esportivo (CSE), principal representante da cidade, não figura entre os times participantes da 1ª divisão do Campeonato Alagoano. E o motivo é natural, para a Federação Alagoana de Futebol (FAF), em razão do CSE terminar sua participação na competição de 2007 em último lugar, sendo rebaixado para a 2ª divisão do Campeonato Estadual de Futebol.

Para os apaixonados torcedores do tricolor palmeirense, não existe injustiça maior do que a ausência do time no Campeonato Alagoano. E procuram uma resposta para a grande decepção, afinal o tricolor de Palmeira dos Índios é uma das paixões do povo palmeirense.

Campanha Pífia

O CSE em 2007, como em anos anteriores, sofreu com a interferência de políticos e cartolas na direção do clube. Só que os “dirigentes” palmeirenses foram menos competentes do que os cartolas do Coruripe, por exemplo, um time do interior, novato na competição, que se sagrou campeão alagoano de 2007 por antecipação.

Os dirigentes do time palmeirense eram secretários da Prefeitura e os “managers” do time era o prefeito Albérico Cordeiro (PHS) e o vice Pedro Paulo Duarte (PT).

No início do campeonato, ainda buscou imprimir um ritmo que fizesse o CSE reviver conquistas, mas, infelizmente, com a ingerência de pessoas que não entendem nem de futebol-de-botão, alguns até forasteiros. E o CSE não passou de uma equipe bisonha, com um número de derrotas que deixou o torcedor triste, acabrunhado e revoltado, deixando o clube na última colocação.

Para o torcedor Helenildo Santos, “o CSE foi rebaixado devido à falta de apoio da prefeitura”. No seu entender, “a prefeitura não honrou compromissos previamente assumidos”. E justificou: “Seria ilegal financiar times com dinheiro público. Mas como futebol envolve muita publicidade e é a paixão do povo, o prefeito contrata e paga”.

Para Amilton Didier, ex-presidente do Clube e atual presidente do Conselho Deliberativo o CSE, estar fora da 1ª Divisão do Alagoano é “culpa de quem estava na diretoria. Eles contrataram 81 jogadores e formaram um time para não se classificar”. Já o engenheiro Marcos Bezerra (Pareço), integrante da atual administração, afirma numa das comunidades de um site de entretenimento, que o “CSE foi rebaixado por culpa do presidente Pedro Paulo Duarte”, que também vem a ser o vice-prefeito do município.

Estádio vazio

Para animar o torcedor, com a interdição do Estádio Rei Pelé alguns jogos poderão ser transferidos para o estádio Juca Sampaio. Caso isso não aconteça, o Estádio Juca Sampaio permanecerá vazio durante os seis primeiros meses do ano, porque lá também são proibidos outros eventos até os religiosos.

Sem o CSE no campeonato alagoano, o futebol de Palmeira dos Índios continua com um pé no passado e outro no futuro. Um passado cheio de glórias e um futuro incerto, diante da escuridão no fim do túnel, com um estádio vazio à procura de torcedores.