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Cícero Ferro será denunciado pelo Ministério Público

Além de Ferro, o Ministério Público deve denunciar todos os envolvidos no crime, Marlon Gomes Ribeiro, Dílson Alves, Nildo e Wellington.

Alagoas24horas/Arquivo

Deputado é denunciado pela morte de Fernando Aldo

De acordo com a promotora Marluce Falcão, uma das integrantes do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), o Ministério Público do Estado de Alagoas vai denunciar na tarde de hoje o deputado estadual Cícero Ferro (PMN) pela morte do vereador por Delmiro Gouveia, Fernando Aldo.

Aldo foi morto o ano passado durante festividades na cidade de Mata Grande. Além de Ferro, o Ministério Público deve denunciar todos os envolvidos no crime, Marlon Gomes Ribeiro, Dílson Alves, Nildo e Wellington. Estes dois últimos ainda se encontram foragidos da Justiça. Conforme a Polícia Civil, o crime teria custado ao deputado estadual R$ 20 mil.

O advogado de defesa de Ferro, Welton Roberto, alega inocência e diz que o cliente não tinha interesse de aumentar seu reduto político, expandindo para Delmiro Gouveia. De acordo com o advogado, Cícero Ferro apenas é amigo do ex-prefeito da cidade, Luis Carlos Costa, o Lula Cabeleira, não tendo nenhum envolvimento com a política local.

No entanto, a Polícia Civil de Alagoas alega ter fotos de reuniões e gravações telefônicas que comprometem Cícero Ferro. Desde que foi indiciado, Ferro deu apenas uma entrevista alegando sua inocência e deixou a cidade de Maceió. A promotora Marluce Falcão estuda agora se o processo segue para o Tribunal de Justiça ou para a 17ª Vara Criminal, por conta do foro privilegiado de Ferro.

Além da morte de Fernando Aldo, Ferro responde ainda inquéritos por porte ilegal de arma e é um dos 50 indiciados pela Polícia Federal, na Operação Taturana, que investiga uma rede criminosa que teria desviado R$ 200 milhões dos cofres públicos por meio de fraudes na Receita Federal.

A denúncia do Ministério Público pode ser feita ainda hoje, conforme a promotora Marluce Falcão. Tudo depende apenas do entendimento do Ministério Público, já que será discutido se a denúncia segue para o Tribunal de Justiça ou para a 17ª Vara Criminal. Caso se opte pelo TJ, há um prazo de 15 dias. “Estamos discutindo isto para que não se abra espaço para que os advogados de defesa peçam nulidade da ação”, salientou.

Coaracy

O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Coaracy Fonseca, interrompeu as férias para participar durante toda a manhã desta segunda-feira de reunião com os promotores de Justiça do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e com o promotor de Justiça Cláudio Teles, de Mata Grande, para discutir providências processuais relacionadas à denúncia dos autores materiais e intelectual do assassinato do vereador Fernando Aldo.

atualizado às 10h40.