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Mandante de assassinato de PM é foragido do Cadeião

Porfírio é o chefe da quadrilha de roubo de carros e está envolvido em pelo menos 70% dos assaltos na região do Conjunto Murilópolis.

Sionelly Leite/Alagoas24horas

Edvaldo Amaro, o Doceiro, é acusado de ser o autor material do crime

O delegado titular de Rio Largo, Jobson Cabral, apresentou na manhã desta quinta-feira, 17, o acusado de ser o autor intelectual do assassinato do cabo da Polícia Militar Ricardo Santos Alves, de 43 anos, crime ocorrido em 25 de dezembro de 2007.

Josinaldo Porfírio da Silva é foragido da Casa de Detenção de Maceió, o Cadeião, e teria dado a ordem para executar o cabo Ricardo, pela raiva que tem da Polícia Militar por causa do assassinato de seu cunhado, Lenilson Alves dos Santos, o “rei das fugas” – morto pela PM durante uma perseguição.

Segundo Cabral, Porfírio é o chefe da quadrilha de roubo de carros e está envolvido em pelo menos 70% dos assaltos na região do Conjunto Murilópolis. “Ele organizava e indicava os carros que seriam roubados e coordenava as vendas fora do Estado. No dia do assalto do carro do cabo Ricardo, ele deu a ordem por telefone para executar o policial”, explicou o delegado.

Na versão apresentada pela polícia, Edvaldo Amaro da Silva (Doceiro), Jânio da Silva Viana (Paulista) – ambos foragidos do semi-aberto do sistema penitenciário – e um outro identificado apenas como “Neguinho”, que teria feito 18 anos há pouco tempo, teriam abordado o militar.

“Eles perceberam que a vítima era PM por causa do carregador da pistola e da carteira funcional do militar. Então ligaram para o Porfírio, que ordenou a morte de Ricardo. Erivaldo, que estava no banco do passageiro, efetuou três disparos contra o PM e em seguida desovaram o corpo em Campo Alegre, rota que eles conhecem muito bem”, ressaltou.

Jobson Cabral disse que além de Maria Adélia – que estava no carro no momento do assalto e do assassinato -, o fretista Paulo Alexandre da Silva se apresentou espontaneamente à delegacia e confirmou a participação de todos no crime. “Porfírio ligou para o fretista alegando que precisava transportar um armário. Por volta das 2h, Porfírio e o fretista se encontraram com Jânio, Edvaldo e ‘Neguinho’ no campo do Santo André, no Conjunto Santos Dumont, onde o Corsa do PM foi abandonado. O fretista deixou os quatro assaltantes em casa e afirmou que Jânio estava sujo de sangue e teria dito que o PM deu trabalho para morrer”, completou.

Durante a apresentação do acusado, Porfírio negou a participação nos crimes e disse não conhecer Jânio, Edvaldo e ‘Neguinho’. A prisão dele foi decretada pela juíza de Campo Alegre, Francisca Arlinda de Oliveira Almeida. “Nós o prendemos num vila próximo à Mata do Rolo no dia 5 deste mês. Já temos a informação que Jânio está na Grota do Estrondo e que continua agindo em um Pálio branco. Estamos trabalhando para efetuar a prisão dos demais envolvidos”, afirmou o delegado.