Serão liberados R$ 160 mil para 33 municípios.
O governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) garantiu ao presidente da AMA, Jarbas Omena Filho, a liberação de R$ 160 mil, a partir de segunda-feira, para o pagamento de caminhões pipa nos 33 municípíos atingidos pela seca. Esse será um reforço que vai aliviar o caixa das cidades que estava entrando em colapso financeiro desde a suspensão da operação do governo federal.
Cerca de 25% da população alagoana, quase 500 mil pessoas, estão sofrendo com o drama da estiagem. Elas estão tendo que dividir água com animais para sobreviver. O resultado é o aumento da mortalidade infantil e doenças provocadas também pela desnutrição.
O drama convocou uma reunião de emergência, em Brasília, nesta quinta-feira. O presidente da AMA, prefeitos e a bancada federal vão mostrar ao Ministro do Planejamento, ao Coordenador Nacional de Defesa Civil e ao Coordenador de Assuntos Federativos da Presidência da República que não são 33 municípios em dificuldades; são mais de 500 mil pessoas lutando para dividir água de péssima qualidade. Além disso, os prefeitos vão pedir a liberação de cestas básicas para as famílias.
“É preciso que o governo federal tenha sensibilidade de manter operação durante toda a estiagem e não apenas durante dez dias", diz Jarbas Omena. Os municípios estão sendo sacrificado e a situação pode chegar ao ponto de calamidade geral, daí a necessidade emergencial, imediata, do retorno da operação pipa, acrescentou o presidente da entidade.
“Os municípios fizeram seu dever de casa. Se anteciparam desde o final do inverno iniciando o processo burocrático junto a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. Se o problema existe é preciso conviver com ele e criando mecanismos de socorro à população. O governo federal tem que ter uma política de convivência para que o sertanejo tenha qualidade de vida. Isso, sim, é eficiência”, acrescentou.
Segundo Jarbas Omena os prefeitos estão pagando sozinhos a conta do abastecimento. Mesmo com a operação, os municípios continuam dando a contrapartida; o dinheiro que poderia estar sendo investido no desenvolvimento das cidades.
O prefeito convocou a população e a sociedade organizada, direitos humanos, para que “olhem para o sertanejo como ser humano". É hora das entidades ajudarem, não ao prefeito, não ao município, mas as pessoas", concluiu tentando sensibilizar as entidades para uma ampla campanha de ajuda humanitária.