O prefeito de Senador Rui Palmeira, Siloé Moura, que nove dias antes de tomar posse (1° de janeiro de 2005) sofreu o pior momento de sua vida, ao perder o filho, Wilson, com 24 anos de idade, assassinado barbaramente em pleno Centro da cidade, por pistoleiros contratados pelo então prefeito Mauro César, conforme já foi apurado, esteve reunido nesta terça-feira, em Maceió com a cúpula de Segurança do Estado, na missão de solicitar providências urgentes, quanto à questão de violência que não pára de crescer em seu município.
“Os bandidos estão deitando e rolando em nossa cidade. Praticamente toda semana surge um fato diferente. É assassinato, tráfico de drogas, roubos de moto, de supermercado, de pontos comerciais, entre outros. E o pior de tudo isso, é que os elementos estão desafiando a própria Polícia. Até porque só temos dois policiais na cidade; e eles não dispõem de estrutura alguma para enfrentar essa rede de malfeitores, que nesses últimos anos só têm crescido naquela área”, relatou o prefeito, ainda indignado com a Justiça alagoana, pelo fato do crime de seu filho continuar até hoje impune, como também do caso de seu vice, que planejava tirar sua vida há bem pouco tempo.
“Já distribui mais de 300 fitas K7, contendo a gravação em que os pistoleiros estavam negociando com o meu vice, a minha morte” acrescenta prefeito, salientando que esse material conseguiu com um dos pistoleiros que recusou a empreitada.
Em audiência com o secretário interino de Defesa Social, coronel PM Ronaldo dos Santos, Siloé Moura recebeu a garantia de que a partir desta semana, algumas providências serão tomadas. “O Coronoel Ronaldo nos encaminhou para o Comandante Geral do Policiamento do Interior, Coronel Brito; e esse nos garantiu que o gerenciamento da PM de Santana do Ipanema, vai nos dá uma ampla cobertura. Eu disse pra ele, que além de um reforço policial, precisamos de constante blitz na região; já que lá, o que não faltam, são bandidos portando diferentes armas de fogo, sobretudo desafiando os cidadãos de bens”, alertou Siloé.