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Jornalistas cobram providências do Governo

Entidade quer respostas sobre investigações de assassinato.

O Sindicato dos Jornalistas volta a se reunir nesta quinta-feira com a cúpula da Segurança Pública em Alagoas para buscar informações a respeito das investigações sobre o assassinato do jornalista Valter Lessa. No encontro, marcado para 12 horas com o secretário de Defesa Social, coronel Ronaldo dos Santos, a entidade também solicitará informações sobre o inquérito que investiga a tentativa de assassinato do empresário e jornalista José Muniz, ocorrido há cerca de quinze dias.

“Vamos reafirmar junto ao secretário e aos delegados da Polícia Civil nossa preocupação com o quadro de violência, que tem atingido os alagoanos em geral e, ultimamente, vários jornalistas”, disse o presidente do Sindjornal, Carlos Roberto Pereira. Segundo o dirigente sindical, novos casos voltaram a acontecer nos últimos dias, a exemplo do assalto ao repórter fotográfico Adailson Calheiros, da Tribuna de Alagoas. Ele foi alvejado por três tiros na terça-feira à noite, quando fazia a cobertura de um acidente automobilístico. “Felizmente, os projéteis não saíram da arma”, observou.

Além desse novo caso, que será levado ao secretário Ronaldo dos Santos, o Sindicato dos Jornalistas vai pedir o empenho da polícia para apurar a invasão à sede do jornal Alagoas em Tempo, ocorrida na madrugada de terça para esta quarta-feira. De acordo com o superintendente da empresa, Adoniran Guerra, algumas gavetas foram arrombadas e diversos papéis remexidos, como se os invasores estivessem à procura de dinheiro ou documentos. Dois telefones celulares foram levados.

“Recentemente, outro assalto foi realizado durante o dia na Rádio Correio AM e Radio Correio FM”, lembrou o presidente do Sindicato. Um repórter fotográfico de São Paulo também foi vítima de assalto e quase morreu com um tiro na cabeça, quando fazia fotos nas imediações do Parque Municipal. “A situação está insustentável. O governo ampliou o número de viaturas e de policiais militares nas ruas, mas isso surtiu pouco efeito. Algo muito maior e mais sério tem que ser feito”, conclui Carlos Roberto.