Sessão solene aconteceu na sede da Esmal.
“O Tribunal de Justiça homenageia hoje um grande personagem do mundo jurídico; dispensa a quem de fato contribui, e vem contribuindo, de forma incessante, para construir e altivar os valores mais proeminentes de uma sociedade democrática. Condecora aquele que, durante seus longos anos de vida pública, sempre demonstrou presteza, comprometimento e dedicação ímpar para a efetivação dos postulados de liberdade, igualdade e prevalência dos Direitos Fundamentais, todos pilares do ideal de Justiça”.
Essas foram as palavras iniciais do presidente do TJ/AL, desembargador José Fernandes de Hollanda Ferreira, durante a sessão solene de outorga da Comenda do Mérito Cívico Desembargador Edgar Valente de Lima, realizada na última terça-feira (26), durante as comemorações dos 20 Anos da Escola Superior da Magistratura do Estado de Alagoas (Esmal).
Hollanda Ferreira ainda enfatizou, durante seu discurso, a hombridade e simplicidade do ministro, classificando-o como “insigne fortaleza na defesa dos significados que assinalam a dignidade humana”. Essa é a primeira vez que a Comenda é outorgada.
Para o diretor-geral da Esmal, desembargador José Carlos Malta Marques, a alegria de poder homenagear o ministro Gomes de Barros durante as comemorações do 20º aniversário da entidade é uma forma de enaltecer o nome de Alagoas no cenário jurídico nacional. “Trata-se de um alagoano que tem sabido honrar e realçar a sua origem, que fez escola no Superior Tribunal de Justiça e que quando se aposentar deixará um legado valiosíssimo para a Justiça brasileira, que é um legado dos seus justos e equilibrados julgados que enfeitam a jurisprudência do STJ”, afirma.
O ministro Humberto Gomes de Barros iniciou seu discurso denominando todos os presentes de amigos e fazendo menção à infância e juventude no bairro do Farol, onde passou parte dos seus dias. Sobre a Comenda, afirmou ser uma grande honra, tendo “o tempero, o gosto bom e inesquecível do retorno à terra natal e à infância. Esse gosto que me emociona tanto neste momento e que me leva a aprofundar a gratidão que eu tenho por Alagoas”.
Gomes de Barros ainda falou sobre o tipo de juiz que a sociedade brasileira precisa: humanista, sendo também cientista, fazendo empatia com as partes, sofrendo com autor e réu e falando a linguagem que se usa na rua. “Mais que ser doutor, agirá com amor e bom humor. Terá que ser sempre um homem de boa índole e haverá de ter sempre uma imensa coragem. O juiz ideal haverá, acima de tudo, de ser gente”.
Encerrando suas palavras, o ministro parabenizou a Esmal por seu 20º aniversário, enfatizando que a entidade deverá se tornar uma Escola de humanidade e formar juízes do povo, sem demagogia, e que possam se envolver com a dor de um processo que dure cerca de 20 anos sem conclusão. “Minha idéia coincide com a da Esmal. Temos que fazer, inicialmente, um trabalho profilático, buscando curar o juiz da famigerada ‘juizite”.