Categorias: Polícia

Policial acusado de matar motorista de van está preso no Tigre

A prisão do policial, que integra a diretoria do Sindpol, aconteceu exatamente um mês após o crime, na noite do dia 07 de fevereiro. José Maria Alves de Lima nega a autoria do homicídio que chocou o Estado.

Kléverson Levy/Cortesia

Motorista foi morto com tiro na cabeça

O delegado geral da Polícia Civil, Carlos Alberto Reis, divulgou no começo da tarde desta sexta-feira, a prisão do policial civil José Maria Alves de Lima, acusado pelo assassinato do motorista de van de José Cícero da Silva, 41.

O presidente do Sindicato dos Policias Civis de Alagoas (Sindpol), Carlos Jorge, confirmou a informação prestada por Reis de que o acusado pelo homicídio é um dos diretores do Sindicato. José Maria Alves de Lima, está preso desde a manhã de hoje na sede do Tigre

A prisão do policial aconteceu exatamente um mês após o crime, na noite do dia 07 de fevereiro deste ano, quando o motorista da van foi morto na Rua Rosa da Fonseca, no Centro, depois de uma discussão com o policial, que estava vindo de Arapiraca com a esposa e a filha.

Policial nega autoria

Carlos Jorge informou à reportagem do Alagoas24horas que acompanhou o policial no momento em que ele se apresentou ao delegado Manoel Wanderley, do 1º Distrito.

“Ele nega a autoria do crime. Conversamos com ele ontem, mas até então não sabíamos de nada”, conta o presidente do Sindpol, acrescentando que a apresentação, que aconteceu na Deplan I, foi espontânea e que o policial entregou sua arma para que fosse periciada.

“Queremos que os fatos sejam apurados, e quem tiver culpa que pague. Queremos que se faça justiça. Essa é a nossa linha, a linha do sindicato, independente de quem seja o envolvido. O sindicato não defende atos desta natureza”, frisou Carlos Jorge.

José Maria já estava com a prisão preventiva decretada. Como é sindicalizado, sua defesa será feita pelo advogado do Sindpol.

O crime

Segundo as testemunhas, o crime aconteceu pelo fato de José Maria ter se recusado a pagar o valor da passagem, alegando que era policial civil. José Maria chegou até a mostrar a carteira da Secretaria de Defesa Social, mas o motorista não aceitou o calote e teve início uma discussão entre os dois que terminou com o assassinato, à queima-roupa, do motorista.

Após disparar um tiro na cabeça de José Cícero, o policial fugiu com a família. O motorista chegou a ser socorrido por uma unidade da Samu, mas não resistiu aos ferimentos.

(Atualizada às 16h30)