BB e coordenadores do PAPL debatem novos aportes.
Gestores fazem balanço dos arranjos produtivos
Gestores do Programa de Mobilização para o Desenvolvimento de Arranjos e Territórios Produtivos Locais no Estado de Alagoas (PAPL) e representantes do Banco do Brasil discutiram nesta segunda-feira, 17, na Secretaria de Planejamento de Planejamento e do Orçamento (Seplan), linhas de financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS).
O gestor do APL ovinocaprino, Reginaldo Guedes, informou que o projeto DRS e seu programa de ações, para os próximos três anos, aprovaram carta consulta no valor de R$ 372 mil para programas no Alto Sertão, e R$ 87 mil para o Médio Sertão, correspondente a ações de infra-estrutura e capacitação dos produtores.
Já o superintendente do DRS junto ao Pronaf pelo Banco do Brasil, José Robério Nunes, anunciou novo aporte de recurso do banco, referente ao APL de Ovinocaprino. "Para os produtores da agricultura familiar de ovinocaprino totaliza-se um valor de R$ 14 milhões para os dois territórios inseridos do PAPL", afirmou.
Outros representantes de APLS que também estavam na reunião falaram sobre os resultados de seu setor. Miguel Alencar, gestor do APL Piscicultura, destacou algumas ações para o ano de 2008. "Está prevista para ser inaugurada até o final desse semestre a Unidade de Beneficiamento de Pescado de Penedo, com apoio da Codevasf, e em parceria com o governo de Alagoas", afirmou Alencar.
Esta unidade, de acordo com Alencar, tem uma produção beneficiada estimada em três toneladas/dia, que irá alavancar o desenvolvimento da piscicultura na região, garantir a escoação de produção e abrir novos mercados. O APL Piscicultura é formado por 300 piscicultores, que já produzem em torno de três mil toneladas de pescado/ano.
Uma outra ação prevista para 2008, no APL Piscicultura é a ampliação de cinco módulos de cultivo de peixe, que beneficiará em média, 75 pessoas. A gestão do APL tem como função capacitar e especializar esses piscicultores.
Existe um grupo de 18 artesãos na cidade de Piranhas que está utilizando o couro da tilápia para a produção de bijuterias, bolsas, calçados e cintos, que possui alto valor agregado, tanto no mercado nacional como no internacional.
Miguel Alencar salientou que serão implantadas ainda este ano, cinco unidades de comercialização de pescado. "As peixarias têm o objetivo de aumentar a rentabilidade dos piscicultores, uma vez que é eliminada a presença do atravessador, assim eles mesmos podem negociar seu próprio pescado", completou.
Mais de 25 mil pequenos empreendedores, produtores e trabalhadores de micro e pequenas empresas passaram por cursos de capacitação, treinamento e palestras realizadas pelo PAPL, com investimentos que superam a R$ 20 milhões, em segmentos como piscicultura, apicultura, turismo, móveis, mandioca, cultura, ovinocaprino, laticínios e tecnologia da informação.
Em 2008, mais cinco APL devem ser implantados em Alagoas, o de Fruticultura Pinha e Horticultura, na região do Agreste; o de Turismo, no Baixo São Francisco; o de Fruticultura Laranja no Vale do Mundaú e o de Inhame no Vale do Paraíba.
O PAPL é coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan) e pelo Serviço Brasileiro de Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e conta com a parceria de mais de 60 instituições públicas e privadas.