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Perícia em documentos da ALE pode resultar em novos indiciamentos

Com a análise destes documentos, a PF não descarta a possibilidade do surgimento de novos indiciados, de outros poderes, que teriam participado do esquema criminoso.

Alagoas24horas

Vanessa Alencar / Alagoas 24 Horas

O assessor de comunicação da Polícia Federal em Alagoas, delegado Sandro Augusto, apresentou na tarde desta quinta-feira, 20, documentos recolhidos em dezembro do ano passado, no setor de Recursos Humanos da Assembléia Legislativa de Alagoas, quando do início da Operação Taturana, que apura o desvio de mais de R$ 280 milhões do Poder Legislativo.

Segundo informações fornecidas pelo delegado, os documentos estão sendo analisados por seis pessoas fixas, além de agentes federais e peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Federal no Distrito Federal.

Com a análise destes documentos, a PF não descarta a possibilidade do surgimento de novos indiciados de outros poderes, que teriam participado do esquema criminoso, que fraudava a Receita Federal e que resultou, até o momento, no indiciamento de 86 pessoas, entre elas, 12 deputados estaduais.

Devido ao volume de documentos, não há prazo estabelecido para a entrega do laudo final, mas segundo Sandro Augusto, à medida que os nomes forem surgindo serão investigados.

Na última terça-feira, 18, agentes da Polícia Federal estiveram no prédio da Associação Comercial de Maceió, onde funciona provisoriamente a Assembléia Legislativa de Alagoas, para solicitar ao presidente interino da ALE, deputado Alberto Sextafeira (PSB), novos documentos.

Sextafeira recebeu o prazo de cinco dias úteis para entregar cópias do Regimento Interno da casa, atos normativos do Legislativo, decisões da Mesa Diretora, ordenações de despesas, entre outros.

José Costa x Ronaldo Lessa

O assessor confirmou, ainda, que o advogado José Costa e o ex-governador Ronaldo Lessa deverão ser convocados para prestar esclarecimentos ao delegado Janderlyer Gomes, que presidente o inquérito que investiga o desvio milionário.

Durante esta semana, José Costa, que foi deputado constituinte, acusou Ronaldo Lessa de se beneficiar do esquema criminoso, responsabilizando-o, ainda, por duplicar o duodécimo da Assembléia Legislativa de Alagoas.