Dentre as testemunhas de defesa de Davino, o ex-governador do Estado, Ronaldo Lessa (PDT) e os delegados Marcílio Barenco e a delegada da Mulher Lucy Mônica.
As testemunhas de defesa do ex-secretário de Defesa Social e delegado Robervaldo Davino prestaram hoje depoimento aos juízes da 17ª Vara Criminal sobre o caso Cícero Belém. Os depoimentos estavam marcados para as 14h, porém um atraso do promotor Marcos Mousinho atrasou a oitiva das testemunhas.
Dentre as testemunhas de defesa de Davino, o ex-governador do Estado, Ronaldo Lessa (PDT) e os delegados Marcílio Barenco e a delegada da Mulher Lucy Mônica. O delegado é acusado de ser autor intelectual da morte do pistoleiro Cícero Belém, facilitando a fuga dos autores materiais.
“Ele (Davino) teve bom senso e insenção para pedir que eu apelasse ao Ministério da Justiça no sentido de que o caso fosse apurado pela Polícia Federal. Com isso provaria que ele não tem nada a ver com o caso”, disse Ronaldo Lessa.
Além de Davino, que manteve-se reservado e preferiu não falar com a imprensa, outro acusado do crime, José Cícero Calcante Morais, o Cicinho, esteve presente no Fórum do Barro Duro. Cicinho, que estava preso no presídio Federal de Campo Alegre, em Mato Grosso, veio a Maceió apenas para assistir os depoimentos.
De acordo com o advogado de Cicinho, Thiago Pinheiro, após a oitiva, o caso tomará novos rumos.
Cícero Belém foi executado a tiros, dentro de um veículo Pólo preto, comprado à viúva de Fernando Fidélis, no dia 1º de novembro de 2005, quando estava acompanhado de um amigo, José Alfredo Raposo Tenório Filho, de 21 anos, e de uma suposta namorada, posteriormente identificada como Carolina Peixoto.
Belém teve morte instantânea. José Alfredo chegou a ser socorrido, mas faleceu dias depois no hospital. Já Carolina se salvou porque teria se abaixado dentro do veículo.
Em seu depoimento, Carolina narrou os últimos passos de Belém. Segundo ela, o assessor teria sacado dinheiro no caixa eletrônico de um supermercado na Gruta e posteriormente seguido para o Condomínio Aldebaran, onde teria se encontrado com os deputados Cícero Ferro e Chico Tenório, encontro confirmado pelos deputados.
Na época do assassinato, a Polícia chegou a afirmar que Cícero Belém estaria sendo investigado pela Polícia Federal por envolvimento com quadrilhas especializadas em roubo de cargas nas rodovias estaduais.
Para a PF, na época, o crime teria sido queima de arquivo e poderia, inclusive, ter relação com a morte de Fernando Fidélis. O caso de Cícero Belém foi investigado pelo delegado Jobson Cabral