O primeiro Macintosh, de 1984, tinha tela de nove polegadas
O primeiro Macintosh, de 1984, tinha tela de nove polegadas. A última geração do iMac, lançada no ano passado, tem telas de 20 e 24 polegadas.
O tempo avança, as telas aumentam. E a produtividade também. Grandes monitores são especialmente úteis para quem trabalha com várias janelas abertas ao mesmo tempo, pois facilitam sua visualização.
Profissionais que trabalham com imagens –como arquitetos e designers–, desenvolvedores, programadores e administradores de sistemas podem produzir melhor com um grande espaço de trabalho.
O uso de aplicativos como Photoshop, AutoCAD, 3ds Max e Final Cut fica mais rápido e amigável em tela cheia. Múltiplas janelas com códigos de programação, referências, instruções de ajuda e terminais de acesso podem ser mais bem visualizadas e agilizar o trabalho.
Mas os monitores grandes não ajudam apenas em tarefas mais complexas e específicas. "Se as empresas americanas trocassem todos os seus monitores de 17 polegadas [por outros maiores], elas veriam um aumento significativo de produtividade", disse James Anderson, da Universidade de Utah, ao site Computerworld (www.computerworld.com)
Em pesquisa financiada pela NEC (que fabrica monitores), Anderson comparou o tempo que se leva para realizar tarefas de edição de texto e planilhas em diversos cenários. Concluiu que a produtividade dos usuários de monitores de 22 e 24 polegadas foi maior do que a dos que trabalharam com modelos de 18. Ou seja: maior espaço significa mais produção.
Ou quase. O uso de monitores de 26 polegadas não trouxe benefícios significativos –organizar janelas em uma tela muito grande pode ser excessivamente trabalhoso.
Antes de comprar, confira se sua placa de vídeo suporta as resoluções nativas dos grandes monitores de LCD –em geral, 1.680×1.050 pixels nos de 20 e 22 polegadas, 1.920×1.200 nos de 24 e 2.560×1.600 nos de 30.
Tente experimentar a tela por um tempo, pois monitores grandes podem causar incômodo, principalmente em relação ao tamanho de letras, ícones e outros gráficos –por paradoxal que isso possa soar, muitas vezes telas maiores mostram letras menores.
Telas de 20 e 22 polegadas com a mesma resolução exibem o mesmo conteúdo, mas tudo aparece maior na de 22.
O mesmo não ocorre ao se comparar uma tela de 22 polegadas com uma de 24, pois a resolução (número de pixels) cresce mais do que o tamanho físico (polegadas). Assim, o monitor de 24 exibe mais informação, mas em dimensões menores do que o de 22.
O monitor de 30 polegadas tem resolução padrão tão alta que as letras ficam bem menores do que em um de 17 ou 19.
O tipo de painel utilizado é importante, mas a maioria das fabricantes não costuma divulgá-lo. Grosso modo, os TN –os mais comuns– possuem como vantagens preços baixos e tempos de resposta mais rápidos quando comparados com os IPS, os MVA e os PVA –que costumam oferecer melhor qualidade de imagem e maiores ângulos de visão e são mais indicados para manipulação de imagens coloridas.
Dados como tempo de resposta e nível de contraste devem ser olhados com desconfiança, pois a falta de um padrão estabelecido para calcular essas medidas leva as empresas a fazer isso de diferentes maneiras –não raro elas apelam para conseguir o melhor número possível. Isso prejudica a comparação entre os modelos a partir dos dados divulgados.
É sempre bom checar sites como www.anandtech.com, www.tomshardware.com e www.xbitlabs.com, que publicam testes padronizados.
A importância do ângulo de visão cresce nos modelos maiores, em que se torna muito fácil notar distorções de brilho e cor nos cantos da tela.
O preço costuma ser o maior entrave para comprar um modelo grande, mas o investimento pode valer a pena. Ao atualizar seu computador ou comprar um novo, você geralmente não precisa trocar o monitor –que, para muitos, é o periférico mais importante do micro. Você não pára de olhar para ele!