Em Maceió, de janeiro a fevereiro, foram notificados 523 casos.
O Ministério da Saúde (MS) consolidou os números do acompanhamento da dengue em Alagoas. Até a 13ª semana de 2008, foram registrados 1.003 casos notificados da doença no estado. Do total, dois são confirmados como de febre hemorrágica de dengue, mas sem óbitos. Comparando janeiro e fevereiro de 2007 com o mesmo período deste ano, percebe-se uma variação de 40,63% no número de casos, passando de 667 para 938 nestes dois primeiros meses de 2008. Em Maceió, também de janeiro a fevereiro, foram notificados 523 casos neste ano. No ano passado, foram 179 casos.
No Nordeste, houve a notificação de 29.175 casos de dengue, sendo confirmados 132 como de febre hemorrágica da doença, com cinco óbitos. Para comparação, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) utilizou dados até a nona semana, considerada consolidada. Verificou-se, portanto, que, do mesmo período de 2007 para este ano, houve um acréscimo de 18%. No Brasil, 120.570 casos foram notificados, dos quais 647 confirmados para o tipo mais grave da doença, que causou 48 óbitos. No mesmo período de 2007, houve uma redução de 27% no número de casos.
A queda não foi homogênea nos 26 estados e no Distrito Federal. O Centro-Oeste e o Sul puxaram o esforço nacional contra a dengue, apresentando índices de queda de 79,06% e 56,88% respectivamente. Embora com o segundo menor número de casos, o Norte teve o maior aumento da dengue, com um acréscimo de 52,82%.
Em números absolutos, o Rio de Janeiro ficou com 36% do total de casos, somando 32.552 pessoas que tiveram suspeita da doença, sendo que a capital fluminense registrou 22.167 desse total. Para o Rio, há um esforço de se controlar o avanço da doença e evitar as mortes. Hoje, 1.700 militares e três hospitais de campanha reforçam a ação. Também fazem parte da estratégia: a contratação de 660 profissionais de saúde; a abertura de mais 119 leitos nos hospitais federais, incluindo 32 de UTI, além dos 104 já disponíveis na regulação; o reforço de 300 profissionais da Funasa no combate aos vetores; a implantação do cartão de acompanhamento do paciente e a intensificação de ligações de telemarketing nas áreas mais atingidas pela doença.
O Ministério da Saúde investiu mais de R$ 685 milhões no combate à dengue, em 2007. Além disso, levou informações sobre o diagnóstico e tratamento da doença para crianças e adultos para 380 mil médicos, alertou as autoridades sobre a possibilidade de uma epidemia neste verão, produziu um diagnóstico de infestação do mosquito transmissor nas áreas consideradas de risco e modificou a campanha contra a dengue, de sazonal para todo o ano, entre outras ações. O governo federal também está investindo R$ 2,9 bilhões em saneamento, nas áreas mais preocupantes em relação à doença.
Números do Nordeste
CASOS NOTIFICADOS DE DENGUE CLÁSSICA
(atualização em 27 de março de 2008)
Alagoas – 1.003 casos
Bahia – 7.325 casos
Ceará – 6.323 casos
Maranhão – 1.406 casos
Paraíba – 1.808 casos
Pernambuco – 2.550 casos
Piauí – 759 casos
Rio Grande do Norte – 6.780 casos
Sergipe – 1.221 casos
CASOS NOTIFICADOS DE FEBRE HEMORRÁGICA DA DENGUE
(atualização em 27 de março de 2008)
Alagoas – 2 casos, sem óbito
Bahia – 1 caso, 1 óbito
Ceará – 54 casos, sem óbito
Maranhão – 2 casos, sem óbito
Paraíba – Nenhum caso
Pernambuco – 2 casos, sem óbito
Piauí – Nenhum caso
Rio Grande do Norte – 59 casos, 2 óbitos
Sergipe – 12 casos, 1 óbito