Requerimento para ser ouvido pelo delegado Janderlyer Gomes partiu do próprio ex-governador, após as denúncias feitas contra ele pelo advogado José Costa.
O ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa (PDT) está sendo ouvido, na tarde desta terça-feira, 1º de abril, pelo delegado Janderlyer Gomes, no Departamento Regional de Polícia Federal, em Jaraguá. O requerimento para ser ouvido no inquérito da Operação Taturana partiu do próprio Lessa, após denúncias do advogado José Costa.
De acordo com João Daniel Fernandes, advogado do ex-governador, Lessa se colocou à disposição para ser ouvido depois que o advogado José Costa – que o acusou de participação no esquema que desviou mais de R$ 280 milhões da Assembléia Legislativa de Alagoas -, prestou esclarecimentos ao delegado Janderlyer Gomes, na quinta-feira, 27.
O advogado de Lessa afirmou que, embora não faça parte do inquérito da Taturana, seu cliente se colocou à disposição da PF para responder a qualquer questionamento. “Nossa intenção é mostrar a verdade e esclarecer as calúnias divulgadas por José Costa”, disse Fernandes.
Na terça-feira, 25, Lessa deu entrada em uma Interpelação Judicial contra José Costa, protocolada no Fórum do Barro Duro. Após receber a notificação, Costa terá 48 horas para responder às perguntas contidas na Interpelação.
A oitiva de Lessa teve início por volta das 15h e não há previsão para terminar. A assessoria do ex-governador não informou se Lessa apresentará documentos.
José Costa acusou o ex-governador de ter mais que dobrado o duodécimo do Poder Legislativo (de R$ 4,5 milhões para R$ 10 milhões) durante sua gestão, em troca de se beneficiar com o retorno de parte dos recursos para o Palácio do Governo.
Na quinta-feira passada, Costa foi ouvido pelo delegado Janderlyer Gomes, mas não apresentou as provas que afirmava ter do envolvimento do ex-governador no esquema que desviou mais de R$ 280 milhões da Assembléia Legislativa de Alagoas.
Na ocasião, os documentos que ele entregou ao delegado foram a cópia de um requerimento, onde solicita informações à Sefaz sobre os repasses feitos ao Legislativo no segundo mandato de Lessa, e uma mensagem eletrônica, enviada por um empresário paulista, que afirma ter sido lesado em milhões na negociação das Letras ocorrida durante o Governo Lessa.